ModaLisboa The Timers Dia III
Último dia da 45.ª edição da ModaLisboa, mais uma vez dedicada a mostrar o melhor da moda portuguesa. O tempo é agora. O tempo é nosso. Foi assim The Timers.
Nuno Gama > Filipe Faísca
«Esta estação desafiámos o “Monstrengo” e porque “manda a vontade que me ata ao leme”, intrépidos, dobrámos o cabo num desejo de Universalismo único que a Língua Portuguesa deu ao Mundo, no encontro da incrível África, pelo imenso Índico até à silenciosa beleza Asiática das amendoeiras em flor», referiu Nuno Gama sobre a coleção primavera/verão 2016. Viajando pelos quatro cantos do planeta, o estilista trouxe a excelência da alfaiataria. Cores clássicas e casacos de corte impecável fizeram as delicias dos nossos olhos. Ricardo Carriço e Tiago Fernandes abriram o desfile ao recitar o poema de Fernando Pessoa “O Mostrengo”, do livro “Mensagem”. Atrás dos atores, uma escultura de um monstro marinho, também ela criada por Nuno Gama. O desfile termina com os manequins a assobiar o hino nacional.
“Now” foi o nome dado por Filipe Faísca à coleção. Nela homenageia a mulher atual, a viajante intrépida que tudo quer conhecer. Nas manequins peças de silhuetas fluidas, oversize, longas, curtas e médias, numa mistura descordeanada mas ao memso tempo cativante e elegante. Plissados e uma atenciosa escolha de materiais, como seda, viscose, neoprene, cabedal, renda destacaram-se, assim como as cores, que se passearam entre o branco, o preto, o verde, o azul e o coral.
Kolovrat > Nadir Tati
Kolovrat surpreendeu com uma coleção repleta de silhuetas nascidas do encontro entre o abstrato e as formas circulares e linhas clássicas. Tudo se explica quando sabemos que a coleção teve como ponto de partida as formas criadas pelas borras de café. Kolovrat apresentou tons monocromáticos de preto e branco, com breves apontamentos de azul.
Tradição e estética africana na coleção de Nadir Tati. uma coleção de linhas simples e fluidas. Harmonização de tecidos e texturas, como rendas, organzas, sedas e o tradicional super wax africano. Manequins vestidas com vestidos pretos, vermelhos e dourados com bordados e pedras adicionadas à mão, na cabeça turbantes, nos sandálias e no pescoço colares dourados.
Pedro Pedro > Piotr Drzal
Look informal mas sofisticado. Contraste de formas e materiais. Foi assim a coleção apresentada por Pedro Pedro. Silhuetas sinuosas com longilíneos efeitos drapeados. Nos materiais cetim, jersey de seda e algodão ligam-se com redes e rendas. As cores vão do azul-marinho ao brique, passando pelo preto e branco
Simplicidade, desporto e movimento. As três características da coleção que Piotr Drzal, designer polaco convidado no âmbito da parceria da ModaLisboa com a FashionPhilosophie – Fashion Week Poland, trouxe ao Páteo da Galé.
Aleksandar Protic > Dino Alves
Silhuetas leves, fluidas. Confronto entre drapeados e formas mais estruturadas. Habilíssima modelagem e confeção das peças. Aleksandar Protic voltou a brilhar. Tons monocromáticos de preto, branco e castanho. Materiais naturais como algodão, linho e seda.
O Teatro São Luiz assistiu ao último desfile desta edição. No mesmo espaço onde a ModaLisboa nasceu, h+a 24 anos, Dino Alves apresentou silhuetas com contornos pouco definidos e lineares. Peças simultaneamente fluidas e estruturadas, muito longas ou muito curtas. Branco, preto, azul, vermelho, verde seco, rosa pálido, pérola e nude predominam nas cores.
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Texto: Sandra Pinto
Fotos: Joaquim Machado