Na EDLA “o luxo não está apenas no que se vê, mas sobretudo no que se sente”, garante Rita Gulbenkian

Fundada por Rita Gulbenkian e Constança Azevedo Gomes, a EDLA é uma marca portuguesa premium de sapatos e collants que redefine o clássico com irreverência e propósito. Pensada para mulheres que se movem ao seu próprio ritmo, a marca combina design contemporâneo, qualidade e emoção, traduzindo-se em peças que são ao mesmo tempo elegantes e ousadas. Apesar de jovem, a EDLA já conquistou reconhecimento internacional, com celebridades como Kelly Piquet e Caroline Daur a escolherem os seus sapatos e collants — um reflexo natural da estética distinta e da energia feminina que a marca celebra. Mais do que uma marca, EDLA representa uma história de ambição e criatividade portuguesas, inspirando outras mulheres a seguirem os seus sonhos e a lançarem as suas próprias iniciativas.

Nesta entrevista, Rita Gulbenkian conta como nasceu a EDLA, o processo criativo por trás de cada peça e a visão que coloca a marca no mapa global da moda, sem nunca perder o seu caráter autêntico e próximo.

Como nasceu a EDLA e o que a inspirou a criar uma marca que “redefine o clássico com irreverência e propósito”?
A EDLA nasceu do encontro entre de duas portuguesas com percursos distintos, mas uma visão em comum: criar uma marca que refletisse a experiência internacional adquirida na indústria da moda de luxo. Depois de trabalharem em casas como a Moncler, Balenciaga e Loewe, as fundadoras regressaram a Portugal com a vontade de construir um projeto que unisse design contemporâneo, qualidade e emoção. O calçado foi uma escolha natural – uma paixão partilhada e um território onde identificaram uma oportunidade clara para fazer diferente.
Os collants surgiram mais tarde, de forma orgânica, como uma extensão do universo EDLA e uma celebração de tudo o que envolve as pernas, o movimento e a expressão feminina. A marca nasceu assim com o propósito de redefinir o clássico com
irreverência, propósito e autenticidade.

O nome EDLA tem uma sonoridade forte e sofisticada. Há uma história ou significado especial por detrás deste nome?
Queríamos um nome que fosse curto, direto e memorável – algo que soasse bem em qualquer língua e tivesse uma presença visual marcante. “EDLA” surgiu quase por instinto, e foi imediato: tinha a força e a elegância que procurávamos. A ideia era simples – que, ao ouvir “EDLA”, se pensasse na marca, como acontece com nomes fortes e intemporais.

Como descreveria a mulher EDLA — quem é ela e o que a move?
A mulher EDLA é confiante, livre e curiosa. Move-se com leveza, mas deixa marca. Gosta de peças que contam uma história e que a façam sentir-se especial, sem precisar de esforço. Valoriza o design, a qualidade e o propósito – mas não abdica de conforto nem autenticidade. É uma mulher que se veste para si, e não para agradar aos outros.

A marca tem uma identidade visual muito marcante. Quais são as principais influências estéticas e culturais que moldam o universo EDLA?
O nosso universo nasce do equilíbrio entre o clássico e o contemporâneo, entre a sofisticação do design europeu e a ousadia feminina. Inspiramo-nos em elementos vintage, na arquitetura, na arte e nas mulheres que nos rodeiam – cada uma com o seu ritmo e presença. Queremos que cada detalhe da marca, desde o packaging até à fotografia, evoque essa mistura de elegância e atitude.

Os sapatos e collants da EDLA unem elegância e ousadia. Como é o processo criativo que leva cada peça da ideia à produção final?
O processo começa sempre com uma emoção ou uma ideia visual – uma cor, uma forma, um estado de espírito. A partir daí, desenvolvemos os protótipos em conjunto com os nossos ateliers em Espanha (para o calçado) e Itália (para os collants), que têm um know-how técnico incrível. A nossa prioridade é garantir qualidade e conforto, sem nunca perder o toque criativo e feminino que define a EDLA.

O design português está a ganhar cada vez mais projeção internacional. O que distingue, na sua opinião, o olhar português no mundo da moda?
O olhar português combina sensibilidade estética com autenticidade. Temos uma forma muito própria de unir tradição e modernidade – criamos com alma. Na EDLA, sentimos isso diariamente: a vontade de fazer bem, com detalhe e emoção.

Ver figuras como Kelly Piquet e Caroline Daur a usarem EDLA é um marco impressionante. Como aconteceu essa aproximação ao público internacional?
Foi algo muito orgânico. Desde o início, quisemos posicionar a EDLA num contexto global, e isso refletiu-se na estética da marca e na forma como comunicamos. Ver estas figuras internacionais a usarem EDLA é um enorme orgulho – mostra que o nosso trabalho ressoa além-fronteiras.

A EDLA é uma marca jovem, mas com um posicionamento premium muito definido. Quais foram os maiores desafios para alcançar esse equilíbrio?
O maior desafio foi encontrar o ponto certo entre a qualidade e acessibilidade. Queríamos criar uma marca que tivesse alma de luxo, mas fosse próxima. Acreditamos que o verdadeiro luxo está na intenção, no detalhe e na coerência – e isso é algo que defendemos em cada decisão, desde o design até à comunicação.

O conceito de “propósito” é central na comunicação da marca. Que valores e causas estão mais presentes na filosofia da EDLA?
O nosso propósito é inspirar mulheres a moverem-se com confiança e autenticidade. Acreditamos na liberdade de expressão, na individualidade e no poder das ideias. Além disso, temos um forte compromisso com a transparência e com práticas responsáveis na cadeia de produção.

Que papel tem a sustentabilidade na produção dos vossos produtos e na estratégia da marca?
A sustentabilidade é uma preocupação constante. Trabalhamos com fábricas em Espanha e Itália que têm padrões rigorosos de qualidade e responsabilidade ambiental. Optamos por produções pequenas, materiais duráveis e processos que minimizam o desperdício. Acreditamos mais em “less but better” do que em seguir o ritmo acelerado da moda tradicional.

A moda é também uma forma de empoderamento. Como acredita que os sapatos e collants da EDLA ajudam as mulheres a expressarem-se e sentirem-se confiantes?
Um par de sapatos ou uns collants podem transformar a forma como uma mulher se sente. Para nós, cada criação é uma extensão da personalidade de quem a usa – não queremos que as mulheres se escondam, mas que se revelem. A confiança começa nos detalhes.

Quais considera terem sido os momentos mais marcantes da trajetória da marca até agora?
O lançamento da marca foi, sem dúvida, um momento simbólico. Mas ver as primeiras mulheres usarem EDLA, receber feedback real e perceber que a marca está a criar uma comunidade, tem sido o mais gratificante. E, claro, ver figuras internacionais a
escolherem as nossas peças foi um ponto alto.

Ser uma jovem empreendedora portuguesa no setor da moda exige coragem. Que conselho daria a outras mulheres que sonham criar a sua própria marca?
Diria que não há um “momento certo” – o mais importante é começar. É preciso acreditar na visão, rodear-se das pessoas certas e não desistir quando as coisas ficam difíceis. A paixão e a consistência acabam por ser o que faz a diferença.

O que podemos esperar do futuro da EDLA? Há planos de expansão, novas coleções ou colaborações que possa revelar?
O futuro passa por continuar a crescer internacionalmente, entrar em novos mercados e, quem sabe, explorar novas categorias dentro do nosso universo. Temos também planos para colaborações criativas e uma presença física através de lojas multimarca selecionadas.

Finalmente, o que mais gostaria que o público sentisse quando calça ou veste uma criação EDLA?
Queremos que sinta poder e leveza ao mesmo tempo. Que cada peça a faça lembrar que o luxo não está apenas no que se vê, mas sobretudo no que se sente.

Mais sobre EDLA aqui.

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