Caetano Veloso celebrou 80 anos. Reconhecido como um dos maiores letristas e poetas da língua portuguesa, Caetano, não reconhece o fato ao revelar no livro Letras, organizado pelo poeta Eucanaã Ferraz, que «tenho apenas de confessar que em nenhum caso eu aprovei a letra (ou a música) quando cheguei a completá-la».
O compositor insiste na modéstia quando na mesma obra refere que «recentemente, tenho mais é me prometido parar de compor, simplesmente para não aumentar o número já grande demais de musiquinhas olvidáveis», acrescentando que «às vezes», vê «alguma beleza» nas suas canções.
“Letras”, lançado pela editora Companhia das Letras para celebrar o aniversário do músico baiano, reúne as composições que Caetano criou em aproximadamente 60 anos de carreira. Há um pequeno texto introdutório de duas páginas assinado pelo próprio músico e um segundo, mais longo, escrito pelo organizador.
Organizado pelo poeta e professor Eucanaã Ferraz, este livro revela estes poemas que muitos de nós sabemos de cor, e tantos outros teremos a alegria de descobrir. São mais de 500 versos escritos para serem cantados, mas que aqui revelam a sua natureza dúplice enquanto poemas, e que vão desde 1965 até ao seu mais recente trabalho, Meu coco.
Compositor singular, cujo percurso se confunde com a própria história da música nas últimas décadas, Caetano Veloso é também um poeta extraordinário. Este é um livro de poesia reunida, que acolhe todas as canções escritas por um dos nomes centrais da cultura popular brasileira. A sua leitura acompanha as transformações de uma obra que se estende por mais de sessenta anos e quarenta álbuns de estúdio: o volume abre com as canções mais recentes («Meu coco», 2021) e vai recuando até às primeiras composições do artista, em 1965, navegando por entre discos, músicas gravadas por outros cantores, parcerias e bandas sonoras. Versos escritos para serem cantados, mas que aqui revelam a sua natureza dúplice enquanto poemas.
«Não deixa de ser para mim uma celebração ver reunidas tantas letras de músicas minhas no ano em que chego aos oitenta. Sou apaixonado pela forma canção, pela palavra cantada, e me sinto honrado em ter um conjunto de peças dessa natureza nas quais chego eu mesmo a ver, às vezes, alguma beleza. Sinto alegria diante desse monte de peças construídas com pouco rigor, apesar de com muito amor», refere Caetano Veloso
Compositor singular, cujo percurso se confunde com a própria história da música nas últimas décadas, Caetano Veloso é também um poeta extraordinário. Este é um livro de poesia reunida, que acolhe todas as canções escritas por um dos nomes centrais da cultura popular brasileira. A sua leitura acompanha as transformações de uma obra que se estende por mais de sessenta anos e quarenta álbuns de estúdio: o volume abre com as canções mais recentes («Meu coco», 2021) e vai recuando até às primeiras composições do artista, em 1965, navegando por entre discos, músicas gravadas por outros cantores, parcerias e bandas sonoras.
“Letras”
Caetano Veloso / Eucanaã Ferraz
Companhia das Letras
