Oitavo álbum de estúdio, “Carbono” deu o mote à digressão europeia de Lenine, que passou pelo CCB num concerto intimo, tal conversa entre o músico e os fãs.

“Olho de Peixe”, para Lenine o mais importante trabalho da sua carreira, deu o mote de entrada num concerto que roçou a perfeição: da interpretação, da entrega, da harmonia e do som (impecável num CCB praticamente lotado). “Tuaregue e Nagô” deu as indicações para o resto de uma noite feita de sentimentos e partilhas.

Cores, muitas e variadas cores a enfeitar o palco do CCB servem de cenário ao desfilar das canções, tal como raios de sol a iluminar a noite. Das cordas do violão de Lenine saltam as notas de “Martelo Bigorna”, “Miragem do Porto”, “O Último Pôr-do-sol” acompanhadas pela voz intensa e simultaneamente suave do cantautor brasileiro.

A demonstrar uma enorme felicidade e empatia pelo público português, Lenine atrapalha-se e ri-se, altura escolhida de forma certeira para o público demonstrar alto e bom som que lhe conhece bem a prosa, as rimas, as letras e as palavras.

Só mais uma, só mais uma, ouve-se no CCB, e o público dita a lei antes do regresso de Lenine ao palco para depois de mais duas canções dar por encerrada uma noite que ainda ecoa na nossa memória.

Texto e fotos: Raquel Lopes