Ana Moura inunda de fado o MEO Arena

Ana Moura inunda de fado o MEO Arena

by lookmagpt Abril 17, 2016 1393 Views

Alma e sentimento fizeram do concerto de Ana Moura no MEO Arena um momento memorável. Para quem esteve por lá será certamente inesquecível.

Numa sala cheia e arrebatada, Ana Moura, sempre de sorriso de satisfação no rosto, deu mostras de uma tremenda evolução, de menina e moça. Hoje, a fadista surge como uma mulher de corpo e alma, uma fadista de corpo inteiro.

Vestida pelo estilista Filipe Faísca, Ana Moura deixou o público, rendido entre eles o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a quem a fadista fez questão de agradeceu a presença.

Quem esteve no MEO Arena, que se apresentou esgotado na lotação, teve ocasião de ouvir e apreciar durante duas horas e meia os novos temas de “Moura”, o novo disco que emocionou o público. Rendida ao talento da fadista, a plateia não se cansou de aplaudir durante todo o espetáculo.

Texto e fotos: Raquel Lopes

Tags : Ana Moura, Lisboa, Meo Arena, Raquel Lopes

ANIQO: “If I can touch something at my own core, then I can offer that honesty to the audience”

In a setting where music blends with art, nature, and spirituality, ANIQO is preparing to present Essência, a unique event arriving in Almoçageme on November 22 at Quinta da Faianca. Free to attend and donation-based, the gathering invites the public to experience an immersive encounter where sound and artistic installation intertwine. Doors open at 5 pm, close at 6 pm, and the musical performance begins immediately, transforming the space into a true sensory portal. By Sandra Pinto On the eve of this special moment, we spoke with ANIQO about her artistic journey, the inner quest that brought her to Sintra, and the creative process that shapes her music, both as art and as destiny. Can you tell us a little about your journey as a musician and how you ended up in Sintra? I started writing songs very early around the age of twelve almost instinctively, as if music had already chosen me before I could choose it. During my studies I took singing lessons, but most of what I know comes from intuition, from observing life closely and translating those experiences into sound. My path has never been linear, it’s been more like a pilgrimage through different inner landscapes. I was almost thirty when ANIQO appeared in my life as my artistic persona. From that moment on, I couldn’t stop creating – writing new songs, shaping my sound, and slowly building my whole life around the art. My life feels sometimes like an art project. Landing in Sintra is kind of a continuation of that journey. I came here while seeking a place that resonates with my frequency. Sintra and the coastline around Colares have a certain mystical vibration; the light is different, the wind carries stories. How would you describe your musical style and the emotions you aim to convey in your performances? I’ve always been drawn to mixing genres. I see myself as a singer-songwriter rooted in folk, but with elements of electronic, psychedelic, and jazz influences. I would describe my music as cinematic art folk-pop – it creates images, emotional rooms, and inner landscapes, at least inside of me, and hopefully for the audience as well. On stage I try to move inward first. If I can touch something at my own core – the rawness, the softness, the shadow and the light – then I can offer that honesty to the audience. My intention is always to meet people at their center, where everything is both fragile and powerful. Your upcoming solo set in Almoçageme/Colares combines music with an art installation. How does this interdisciplinary approach influence your performance? Essência was created together with the artist and energy healer Jill Brandel. The process opened something new for me. I usually create with all my senses, but this project takes that even further. Jill is building an altar from natural essences – plants, elements, textures, energies – almost like a breathing organism. Performing inside this environment won’t be neutral. It will influence my voice, my emotional state, my body. The room becomes part of the performance – or maybe I become part of the room. What can the audience expect from the event Essência on November 22nd? We want to open a space where art becomes a portal – a threshold into the heart of things. Essência is an invitation to reconnect the essence of our own heart with the essence of the earth. Through sound, visual elements, and the energy field we co-create, we invite to a deeper sense of seeing & listening. Perhaps to be touched in places long forgotten, hopefully, leaving the event inspired, with some kind of restored faith and a remembering of our shared humanity. How do your eyes and your voice work together in your music to create a unique experience? My eyes and ears work together. I take in the world through both – colors, movements, atmospheres, sounds, and frequencies. When I sing, my voice carries what my senses have collected. My lyrics come from that same perception, just in a different form. So in the end, everything works together – the seeing, the hearing, the feeling. My voice becomes the place where these impressions find their expression. Can you share some insights into your creative process when composing or improvising music? My creative process usually begins with a sensation – a feeling in the body, a color, an image, a phrase that seems to arrive from elsewhere. I rarely sit down with the intention: „Now I will write a song.“ It’s more like opening a channel or allowing something to be heard that already exists in the invisible. Improvisation plays a big role. It breaks the rules and bypasses the mind. The most of my songs began as improvisations in which I surprised myself. When something feels true, I follow it like a thread. You mentioned working on Earth, Love and Variations. What themes or inspirations are you exploring in this upcoming project? This is the title of my new album, which will be released in 2026. Earth, Love and Variations is about love in all its forms and everything that comes with it. It is also about cycles – about coming home after having been lost for a while. I’m exploring how love takes different shapes, how the earth holds and mirrors us, and how everything returns to the same source. I feel very lucky to have worked with Bill Ryder-Jones on this album – he was very sensitive with my songs, allowed them to simply be, and at the same time opened new dimensions for them. I feel this album marks a new chapter for me: a return to essence, and at the same time an opening into something larger. How do nature and your surroundings in Portugal influence your compositions? Nature here is not just scenery – it’s a collaborator. The cliffs, the ocean, the wind, the ancient forests of Sintra… they speak so loudly that I feel I am merely transcribing their messages rather than writing …
Lisboa recebe 19.ª edição da Feira do Vinil com expositores nacionais e internacionais

A Feira do Vinil de Lisboa, evento de referência para colecionadores e amantes da música em formato físico, realiza-se este ano nos dias 5, 6 e 7 de dezembro no Mercado de Santa Clara, na Feira da Ladra. Criada em abril de 2018, a primeira edição teve a duração de dois dias e contou com a participação de cerca de 14 vendedores. Devido ao sucesso, o evento passou a realizar-se em três dias e, atualmente, realiza quatro edições anuais, sempre dentro das datas disponíveis da Junta de Freguesia de São Vicente. Ao longo dos anos, a Feira tem crescido em número e diversidade de expositores, contando agora com 20 a 30 participantes, incluindo alguns estrangeiros. Infelizmente, apenas três expositores são do norte de Portugal. O foco do evento continua a ser o vinil, mas também se encontram CDs, cassetes e t-shirts de bandas de todos os géneros musicais, atraindo tanto colecionadores experientes como novos apreciadores de música. Nesta 19.ª edição, estão já confirmadas presenças internacionais como Christer Lennart (Suécia), Coumans Matthias (Bélgica) e Ignacio Fuentes (Espanha). Entre os expositores nacionais destacam-se Fisherman Records, Equilibrium Music, Regresso ao Passado, Pantero Records, bem como nomes individuais como João, Fernando, Paulo (Marco Paulo), Carlos Calado, Luís Ferreira, Zé da Banda José António, Luís Sá, João (Wasser Bassin), Sergio Batista, Julio Guerra, Capitão Gancho, Groovie Records, Snakecharmer, O Sotão na Loja, Arte Usada, Fábio Calicchio e Fernando Lamelas. A Feira do Vinil de Lisboa mantém-se como um ponto de encontro obrigatório para colecionadores e amantes da música, proporcionando não só a oportunidade de adquirir discos raros, mas também de celebrar a cultura musical de diferentes países.
Anthrax de volta a Portugal: thrash metal de Nova Iorque revelados como primeira parte do concerto dos Iron Maiden

Os fãs de metal em Portugal têm motivos para celebrar: os lendários Iron Maiden regressam aos palcos lisboetas com a Run For Your Lives European Tour 2026, e os nova-iorquinos Anthrax foram confirmados como convidados especiais. O concerto decorrerá no Estádio da Luz, no dia 7 de julho de 2026, prometendo uma noite histórica de heavy metal com duas das bandas mais influentes do género. Esta passagem marca o regresso dos Iron Maiden a Portugal, depois de terem esgotado a MEO Arena no início do verão de 2025, numa digressão centrada nos primeiros anos da banda, celebrando os álbuns que definiram a era clássica do metal. Os Anthrax, formados em 1981 e considerados pioneiros do thrash metal ao lado de Metallica, Slayer e Megadeth, trarão ao público português a sua energia contagiante e atitude inconfundível. Esta será a primeira atuação da banda em Portugal em quase uma década, repetindo o histórico cartaz da No Prayer On The Road Tour, que em 1990 passou pelo Pavilhão do Dramático de Cascais. Liderados por Scott Ian e Charlie Benante, os Anthrax construíram uma carreira sólida com álbuns como Spreading The Disease e Among The Living, redefinindo a técnica e agressividade do metal nos anos 80. Atualmente, preparam-se para lançar o sucessor de For All Kings, reafirmando a sua relevância no panorama musical internacional. O concerto promete ser um encontro épico entre duas gerações de fãs, unindo a majestade dos Iron Maiden aos riffs explosivos dos Anthrax. Bilhetes: entre 65€ e 90€, à venda em primeartists.eu e nos pontos de venda habituais.Horários: Abertura das portas às 18h00 | Início do espetáculo às 19h30
Till Lindemann chega amanhã a Lisboa com a digressão Meine Welt

Lisboa vai ser palco de um evento musical sem precedentes com a chegada de Till Lindemann, o lendário vocalista dos Rammstein, que regressa a Portugal para um concerto a solo na MEO Arena, inserido na digressão Meine Welt (“O Meu Mundo”). Reconhecido pela sua voz poderosa e grave, Till combina música, performance e poesia numa experiência artística intensa, provocadora e inesquecível. Depois de uma primeira digressão a solo em 2023 que conquistou o público europeu, Till Lindemann regressa ao continente com uma produção totalmente renovada. Após uma atuação explosiva no EVILLIVE FESTIVAL, o artista apresenta-se em Lisboa no dia 17 de Novembro, num espetáculo que promete redefinir os limites do concerto ao vivo. Pela primeira vez em Portugal, Lindemann trará a sua produção completa, incluindo cenários, iluminação e projeções cuidadosamente concebidos para criar uma experiência imersiva e única. Nascido em Leipzig em 1963, na antiga Alemanha Oriental, Till iniciou a sua carreira como nadador competitivo antes de se dedicar inteiramente à música. Tornou-se mundialmente famoso como a voz dos Rammstein, banda que revolucionou o metal industrial com a sua sonoridade pesada, letras provocadoras e espetáculos teatrais repletos de efeitos pirotécnicos. Paralelamente, desenvolveu uma carreira a solo explorando novas sonoridades e temáticas mais pessoais, sempre com a intensidade que caracteriza a sua arte. O concerto em Lisboa promete apresentar um repertório que mistura temas da carreira solo de Till com influências do universo Rammstein, num ambiente cuidadosamente planeado para envolver o público. A digressão Meine Welt combina música, teatro e imagens impactantes, transportando os espectadores para o universo singular do artista. Cada detalhe, desde a cenografia até aos elementos performativos, foi pensado para desafiar os sentidos e criar uma experiência visual e sonora arrebatadora, destinada a um público adulto. “A digressão de Till Lindemann em 2025 vai desafiar convenções e inspirar fãs em toda a Europa. Meine Welt eleva a música e a estética visual a um novo nível, oferecendo uma experiência inesquecível e provocadora”, afirma Fred Handwerker, CEO da promotora responsável. Informação importante: Este concerto é estritamente para maiores de 18 anos. De acordo com a produção e a legislação vigente, a entrada a menores não será permitida, mesmo que acompanhados por adultos. As portas abrem às 19h00, com início do espetáculo às 20h30, e a duração aproximada será de duas horas e meia. Os bilhetes estão disponíveis na FNAC, Ticketline e Worten, com preços entre 65 € e 70 €. Mais do que um concerto, a passagem de Till Lindemann por Lisboa é uma oportunidade de viver uma performance intensa, ousada e única, onde música, imagem e emoção se combinam de forma arrebatadora.
Half Time: “Back to Me fala sobre o que há de mais humano no meio do caos”

Com “Back to Me”, os Half Time exploram territórios emocionais intensos, mergulhando na dor, na culpa e na vingança através de uma abordagem sonora densa e direta. Inspirada pelo universo narrativo de The Last of Us: Parte II, a canção transforma emoções extremas em música, refletindo sobre perda, luto e a luta para encontrar sentido no caos. Comparando com lançamentos anteriores, este single revela uma fase mais madura da banda, com arranjos carregados e um refrão poderoso que equilibra repetição e intensidade emocional. Por Sandra Pinto Nesta entrevista, os Half Time falam sobre o processo criativo, a evolução sonora, a influência do palco na composição e como conseguem combinar referências clássicas do rock com uma identidade moderna, honesta e visceral. “Back to Me” aborda temas como perda, culpa e vingança, com uma narrativa inspirada no universo de The Last of Us: Parte II. Como surgiu a ideia de explorar essas emoções na música e como foi o processo de transformar essa inspiração em letra e melodia? Todo o universo de The Last of Us — que ainda está a ser adaptado para série — é uma obra narrativa densa e complexa, em que as várias vertentes da condição humana são exploradas de forma intensa e crua, onde a vingança, o luto e a culpa estão presentes ao longo de toda a história. Foi daí que surgiu a inspiração para “Back to Me”. Musicalmente, a faixa nasceu de forma muito natural — de riffs de guitarra e jams em estúdio – que depois se aliou a essa base crua e sombria. É uma abordagem emocionalmente extrema que encaixou naturalmente na linguagem que a banda procura explorar: a tensão entre amor e violência, vulnerabilidade e força, entre o que se sente e o que se reprime. Apesar da inspiração direta por detrás deste tema, o foco nunca foi contar a história, mas sim explorar o que essas emoções representam fora do ecrã. O jogo serviu como espelho, mas a canção transformou-se num espaço de reflexão sobre o luto, a culpa e a necessidade de redenção. Sobre viver com o trauma de ter experienciado algo irreversível e ter de lidar com isso todos os dias. Sobre uma impotência sufocante e um desejo de vingança extremo. Ao fim e ao cabo, “Back to Me” fala sobre o que há de mais humano no meio do caos: a incapacidade de aceitar a perda e a eterna tentativa de encontrar significado no que resta. Comparando com o vosso anterior single, Until It’s Over, como descreveriam a evolução sonora e emocional dos Half Time em Back to Me? Comparando com “Until It’s Over”, sentimos que “Back to Me” representa uma fase mais intensa e madura dos Half Time. A sonoridade tem evoluído naturalmente para algo mais pesado e emocionalmente carregado, com arranjos mais densos e uma abordagem mais direta às emoções. Enquanto “Until It’s Over” transmitia uma energia positiva e quase libertadora — uma espécie de incentivo para seguir em frente — “Back to Me” mergulha no lado oposto: na dor, na perda e na tentativa de encontrar sentido dentro do caos. Apesar dessa diferença de tom, ambas as músicas refletem o mesmo espírito da banda: canalizar emoções reais em forma de canção. “Until It’s Over” é o lado da esperança e da superação; “Back to Me” é o lado da catarse e da introspeção. Juntas, acabam por mostrar bem o nosso percurso enquanto grupo — a vontade de experimentar, de crescer e de traduzir diferentes fases da vida através da música. No fundo, “Back to Me” é uma boa demonstração da fase atual dos Half Time, tanto sonora como composicionalmente: mais crua, mais pesada, mas também mais honesta. O refrão de Back to Me é repetitivo e poderoso, transmitindo um grito de dor e esperança. Como surgiu essa escolha de construção do refrão e de intensidade emocional na música? O refrão de “Back to Me” foi pensado como o ponto em que tudo explode emocionalmente. A repetição de “Back to me” atua como uma forma de traduzir a dor e a esperança de quem perdeu algo que não consegue aceitar. É simples de propósito, porque às vezes não são precisas muitas palavras para mostrar o que se sente. Queríamos que essa parte soasse crua e verdadeira, e que transmitisse uma sensação de libertação, mas também de exaustão. A música acabou por surgir de forma muito natural. Houve algum debate sobre se devíamos acrescentar mais material vocal no refrão, mas decidimos deixar espaço para a canção respirar. Acreditamos que a música, como algo vivo, precisa de ar — e neste caso, o silêncio e a repetição dizem tanto quanto qualquer nova frase. Também houve uma intenção clara de criar um refrão que ficasse no ouvido. Optámos por uma estrutura simples, com menos letra mas mais emoção e musicalidade, até porque os versos — e o momento que antecede o breakdown — já são bastante carregados de conteúdo. No fim, a ideia era que o refrão se tornasse o grito que liberta tudo o que ficou preso até ali. Vocês mencionam influências do rock das décadas de 70, 80 e 90. Como equilibram essas referências clássicas com a vossa identidade moderna e direta dentro do rock alternativo português? As influências das décadas de 70, 80 e 90 estão naturalmente presentes na nossa forma de tocar e compor — é a música com que crescemos e que nos inspirou a formar a banda. Não procuramos reproduzir esse som, mas sim partir dele para criar algo que soe atual e verdadeiro para nós. O equilíbrio entre essas referências e a nossa identidade moderna surge de forma natural. Fazemos a música que queremos ouvir, e isso mistura inevitavelmente aquilo que nos marcou no passado com o que vivemos hoje. Notamos que o rock, especialmente o hard rock, nem sempre tem tanta visibilidade em Portugal como já teve, mas isso não é uma crítica — é apenas uma constatação que nos motiva a querer fazer parte desse “incentivo” à mudança. Mais …

Ana Moura inunda de fado o MEO Arena

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