Alceu Valença arrasou no Tivoli com “Vivo! Revivo”
Um concerto que foi uma espécie de dois em um, ou seja, começou nos anos 70 e terminou nos dias de hoje.
O artista fez uma trajetória por alguns dos seus melhores trabalhos, como “Molhado de Suor”, editado em 1974, “Espelho Cristalino”, lançado em 1977, e “LP Vivo!”, datado de 1976.
O resultado desta seleção foi um conjunto de faixas que constroem uma relação entre a música do sertão brasileiro e as sonoridades do pop rock dos anos 70 que, nas palavras de Alceu, compõem “um rock que não é rock”.
Alguns dos temas incluídos no alinhamento destes concertos foram “Papagaio do Futuro”, “Sol e Chuva”, “O Casamento da Raposa com o Rouxinol”, “Táxi Lunar”, “Anjo de Fogo” e “Espelho Cristalino”, entre outras preciosidades da visionária contracultura nordestina daquela época.
Na primeira parte do espetáculo, brindado com músicas dos anos 70, Alceu Valença vestiu as roupas guardadas até agora pela sua mãe e irmã. O público foi completamente envolvido pelos acordes e a alegria arrebatadora deste concerto, que na segundo parte foi inundado pelos êxitos dos anos 80. Foi o êxtase: o Tivoli transformou-se numa pista de dança e o público deu largas à alegria que o artista soube impregnar nos seus corações!
O som estonteante, da simbiose perfeita das vozes, entre o artista e o público presente, foi arrepiante.
Não fazia parte do alinhamento do concerto mas Alceu brindou os fãs com uma poesia sobre Lisboa e Fernando Pessoa. O “Vivo! Revivo” juntou gerações que reviveram e viveram momentos únicos.
Texto: Maria José Santos
Fotos: Fotos: Joaquim Machado