À descoberta de Torres Vedras

Tores Vedras. Cidade localizada na região Oeste apresenta-se simpática, tranquila e acolhedora. Em seu redor um sem-número de espaços que importa descobrir.

Texto: Sandra Pinto
Fotos: Luís Pissarro

Cidade da região Centro (no que toca à divisão territorial NUTS II) e à sub-região Oeste (no âmbito da NUTS III), Torres Vedras é sede do maior município do distrito de Lisboa. É constituída pela freguesia de Santa Maria, São Pedro e Matacães. Dona de terrenos férteis, tempo ameno, bons meios de comunicação e força marítima, a região tem sido muito procurada ao longo dos tempos.

Forte de São Vicente

Erguido no cimo de um dos mais altos montes que cercam o vale onde se implanta a cidade, o Forte de São Vicente integrava as chamadas Linhas de Torres, um conjunto de fossos, trincheiras, traveses e posições de fogo, que remonta à época da Guerra Peninsular. Iniciado em 1809, constituía-se num dos principais pontos defensivos das Linhas de Torres, com a função de defesa da estrada que unia Coimbra a Lisboa. Compreende um conjunto de três redutos, envolvidos por um muro perimetral com cerca de 1500 metros de extensão. Encontrava-se artilhado com trinta e nove peças e guarnecido por 2200 homens, podendo comportar até 4 mil homens, em caso de necessidade. Contava ainda com um posto telegráfico. Juntamente com o Castelo de Torres Vedras, então artilhado com onze peças, constituíam os dois redutos da vila, defesa complementada por uma bateria fechada, próxima do Varatojo.

Forte de Olheiros

Exemplar de arquitetura militar, oitocentista, de enquadramento rural, isolado, na cota de 105 metros acima do nível do mar. É o ponto mais a norte da 1.ª Linha do sistema defensivo das Linhas de Torres Vedras – entre Alhandra e a Foz do Sisandro -, sendo fronteiro ao vasto complexo fortificado do Forte de São Vicente, considerado o mais importante das Linhas. Apresenta planta no formato de um heptágono irregular, com c. 45 metros de comprimento por c. 19 metros de largura máxima, muito semelhante (apesar da menor dimensão) à do Reduto n.º 14 (Forte do Alqueidão). Em seu interior, foi reaproveitado como paiol um antigo moinho no local, recoberto hoje por uma laje de betão armado, aplicada em data desconhecida.

Castelo de Torres Vedras

Ergue-se em posição dominante sobre um monte escarpado e íngreme, envolvido pela malha urbana e por arborização. Apresenta os estilos gótico e manuelino. Tem cintura de muralhas apresentando planta ovalada, reforçada a Sudeste e a Sudoeste por cubelos de planta semicilíndrica e pela torre do portão, de planta quadrada, saliente da muralha, com adarve acedido por escada de pedra e encimada por largos merlões quadrangulares rasgados por seteiras. O portão, em arco quebrado é encimado pelo escudo de D. Manuel e por duas esferas armilares com a Cruz da Ordem de Cristo; Igreja de Santa Maria do Castelo, implantada isoladamente sobranceira dentro da cintura de muralhas, acedida por uma escadaria. Junto dela, abre-se uma cisterna, tendo existido outrora um cemitério medieval. A cerca da vila desapareceu quase por completo, ainda que, em 1830, tenha se procedido a reconstrução dos troços Oeste e Norte.

Castro do Zambujal

Povoado fortificado situado a três km de Torres Vedras, cujas origens remontam ao Terceiro milénio a.C., no início da Idade do Cobre na Europa Ocidental. Inserido num conjunto mais vasto de fortificações similares situadas na Estremadura (nas penínsulas de Lisboa e Setúbal), crê-se ter sido o mais importante centro de fundição e comércio de minério dessa zona.

Convento de Santo António do Varatojo

Mosteiro franciscano localizado na Estrada da Vila de Torres, em Varatojo, Torres Vedras, fundado por D. Afonso V de Portugal em 1470, em cumprimento de uma promessa que havia feito a Santo António, pedindo auxílio para as campanhas do Norte de África.

Praia de Santa Cruz

Santa Cruz possui um areal muito extenso, tomando nomes diferentes de acordo com o concessionário, sendo bem conhecidas as Praias do Navio, do Mirante, do Pisão, da Física, do Centro, de Santa Helena, da Formosa e a Praia Azul. A pureza das águas e areias e a beleza característica que lhe conferem os rochedos pitorescos, fazem de Santa Cruz uma estância balnear muito concorrida.

Igreja e Convento da Graça

O convento foi fundado na primeira metade do século XVI pelos frades da Ordem de Santo Agostinho, no local onde anteriormente se erguia a ermida da gafaria da cidade. Erguido ao longo do século, a sua decoração interna, nomeadamente a talha, foi feita no século XVII. A fachada da igreja foi alterada no século XVIII. Com a extinção das ordens religiosas masculinas em 1834, os agostinhos tiveram de abandonar a cidade e a parte das dependências do Convento da Graça foi vendida a particulares. Em 1887 a Câmara Municipal de Torres Vedras adquiriu parte do imóvel, aí instalando diversas repartições camarárias. O conjunto encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público sendo que actualmente ali funciona o Museu Municipal Leonel Trindade.

Jardim da Graça

De planta quadrangular é delimitado a estrutura do jardim acompanha a forma do tabuleiro em que se inscreve, resultando num desenho geométrico simples em que se sobrepõem quadrados de dimensões mais reduzidas, definindo canteiros e caminhos, numa composição ortogonal. Assim, a delimitar a periferia do jardim ocorre um passeio. Segue-se uma faixa plantada, em que se encontram espécies vegetais de vários portes, e uma nova área de circulação, esta de maior intimidade, de onde se pode compreender toda a composição e que se encontra pontuada por bancos. A composição ortogonal do jardim centra-se num elemento de água, em que se eleva um elemento de homenagem aos combatentes nas campanhas peninsulares contra as invasões francesas. O tabuleiro central encontra-se desnivelado e contido em relação ao percurso periférico do jardim; o declive é compensado por pequenas escadarias que se encontram nos acessos ao interior, correspondentes às extremidades dos eixos da composição.

Largo Infante D. Henrique

Ali encontra-se o Chafariz de Canos, reconstruído em 1500, mas uma construção anterior a 1331.

Capela Nossa Senhora do Ameal

Esta capela, de remota fundação medieval, foi reconstruída por completo em meados do século XVI, época que melhor se testemunha nas fachadas e em certos elementos do interior. Do passado mais antigo subsiste apenas a inesperada sineira gótica, a velha imagem policromada de Nossa Senhora de Racamador (século XIV?) e uma curiosa laje sepulcral com escudo de tipo de cadeado — em campo uma quaderna de crescentes — e atravessado por uma espada. Ao lado do escudo, igualmente esculpido, um estandarte medieval.

Parque do Choupal

Parque com árvores centenárias, plátanos e baloiços, é um local agradável para piqueniques ou simplesmente para dar um passeio.

Para uma estadia em Torres Vedras sugerimos o Stay Hotel Torres Vedras.

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