“O Ano do Macaco” de Patti Smith

No ano dos seus setenta anos, Patti Smith deixa-se levar por devaneios e sonhos, que transcreve, num registo itinerante, entre concertos e noites de sono leve em quartos de hotel. Resulta dessas deambulações “O Ano do Macaco”, o seu terceiro livro de memórias, que reflecte já o início de uma nova era.

Traduzido por Hélder Moura Pereira, “O Ano do Macaco” inclui fotografias da autora que ilustram o texto. «Sinto-me compelida a escrever com
fervor e esperança, entrelaçando realidade, ficção e sonho», diz. «O problema dos sonhos é que nós acabamos sempre por acordar.» Há
espaço para poesia, cafés, viagens à boleia, Roberto Bolaño e uma visita à Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, «a cidade das noites calcetadas», «a cidade ideal para nos deixarmos levar pelo tempo».

Em pano de fundo, o mundo da política agita-se numa eleição tóxica. Em primeiro plano, o desaparecimento de dois grandes amigos: Sam Shepard e Sandy Pearlman. Em epílogo, a chegada da pandemia. Na altura em que os italianos se fechavam em casa, a autora fecha o diário e junta-se à banda no Fillmore, em São Francisco. «Subimos ao palco na esperança de que o entusiasmo que vamos pôr na nossa actuação possa dar às pessoas alguma alegria». De novo, como no início, sempre presente o elo da literatura e do rock’n’roll.

“O Ano do Macaco”
Patti Smith
Quetzal Editores

You May Also Like

Viagens a Nova Iorque: veja como poupar nos preços

Casino Estoril propõe noite de São Valentim com jantar e espectáculo de Nuno Guerreiro & Mau Feitio

Há uma sala secreta onde pode celebrar o São Valentim com cinema e um brunch

Artemove apresenta espectáculo “Aurora” no Salão Preto e Prata do Casino Estoril

error: Conteúdo protegido. Partilhe e divulgue o link com o crédito @lookmag.pt