O MSC Poesia é um dos 11 da companhia italiana MSC Cruzeiros, a qual tem vindo a prestar particular atenção ao mercado nacional onde abriu escritório em 2010, sendo Lisboa um dos portos de paragem actual para muitos dos seus cruzeiros. Com 1275 cabines, o MSC Poesia é uma das estrelas da companhia, e como estrela que se preze recebe quem chega com muita classe e requinte.
Depois de realizadas as devidas formalidades de embarque, era hora de conhecer a cabine que nos estava destinada, e aí teve lugar a primeira das muitas surpresas que nos estavam reservadas. Espaçosa e dona de uma decoração muito elegante (na qual pontuavam os tons quentes), a nossa morada temporária tinha espaço para tudo, deitando por terra um dos mitos sobre cruzeiros, aquele que afirma que as cabines são todas mínimas. A casa de banho bastante prática e ergonómica foi também uma simpática surpresa. Mas o ponto alto foi mesmo a apelativa varanda, chamariz para momentos de descanso e descontracção.
Na hora de zarpar (a qual foi devidamente assinalada por um sonoro apito), dirigimo-nos à popa do navio, claramente o right spot para dizer adeus a Lisboa. A capital foi ficando para trás, deixando em nós sentimentos de nostalgia que contrastavam com o entusiasmo da aventura que estávamos prestes a iniciar.
Um dos encantos de se fazer um cruzeiro reside no facto de este ser na realidade um hotel…móvel! Comodamente instalados os viajantes têm a oportunidade de, sem terem de fazer e desfazer malas, visitar e conhecer diferentes destinos. A bordo do MSC Poesia os serviços são similares aos que encontramos nas muitas unidades hoteleiras que vamos tendo ocasião de conhecer, com a diferença de que não estamos em terra firme mas sobre o mar, neste caso o oceano Atlântico.
Com 294 metros de comprimento, 60 de altura e 32 de largura, o MSC Poesia pesa 92.627 toneladas e possui 16 decks. A decoração é suave e bastante elegante, lembrando-nos a cada detalhe, a cada pormenor que estamos numa companhia com origens europeias. Na realidade, a MSC nasceu em 1987 na cidade italiana de Sorento, perto de Nápoles. Ao longo dos anos tem crescido e desenvolvido a sua actividade, alargando os itinerários que disponibiliza, como sucedeu com os recentemente divulgados Fiordes do Norte da Europa. Actualmente a companhia conta com 11 navios que percorrem um sem-número de itinerários um pouco por todo o mundo, sendo um dos seus particulares enfoques o Brasil. De acordo com Eduardo Cabrita, responsável máximo da MSC em Portugal, “a aposta que a MSC Internacional decidiu fazer no mercado português, com a abertura de escritórios no nosso país e a constituição de uma equipa própria foi uma decisão vencedora”.
Com cinco restaurantes a escolha não se avizinhava fácil, mas bastou fazer um roteiro gastronómico para logo vermos as nossas indecisões resolvidas. Porque não começar pelo restaurante Il Palladio Foi exactamente o que pensámos, pelo que na primeira noite foi ele o nosso destino à hora do jantar. Bastante confortável, revelou-se uma escolha acertada pois as iguarias servidas deixaram todos bastante satisfeitos. Uma palavra para a simpatia de quem nos serviu, adjectivo perfeitamente aplicável a todos os membros do staff.
Ao pequeno-almoço e almoço é o buffet variado do restaurante Villa Pompeiana Cafeteria que enche, na verdadeira acepção da palavra, as medidas dos viajantes.
Um dos pontos altos da viagem foi o jantar no restaurante japonês Kaito Sushi. Apesar de ter sido a noite mais agitada ao nível da movimentação do próprio navio (atravessar o golfo da Biscaia é sempre uma aventura emocionante) foi sem dúvida uma noite animada que teve início no show que diariamente e para gáudio dos viajantes sobe ao palco do Teatro Carlo Felice e que terminou com muita alegria na discoteca do navio.
A despedida gastronómica teve lugar no restaurante L’Obelisco, onde as iguarias não defraudaram as expectativas de ninguém.
A bordo do MSC Poesia os viajantes encontram um spa, o MSC Aurea Spa, um espaço onde podem recuperar energias ao mesmo tempo que relaxam e renovam corpo e mente. Este verdadeiro centro de bem-estar balinês oferece nos seus 1160 metros2 excelentes tratamentos, sempre sob a supervisão de pessoal especializado. Para usufruir de tudo o que lá se encontra basta fazer como nós, e dirigir-se ao convés 13 e escolher entre o centro de talassoterapia, os banhos quentes, o ginásio e, claro, as massagens. A balinesa é a especialidade do Aurea, sendo que pode ser combinada com shiatsu, reflexologia ou mesmo massagens cranianas ou com pedra vulcânica.
A tudo isto acrescentamos as duas piscinas que fazem as delicias de todos os hóspedes.
Diariamente são apresentadas diversas actividades onde os viajantes podem participar como provas de vinho no wine bar Grappolo d’Oro ou demonstrações temáticas, tais como sobre pasta ou sushi, bastando para tal estar atento ao jornal de bordo colocado todos os dias na cabine.
Texto e fotos: Sandra Pinto