Capa de vinil sobre tapete vermelho – Preâmbulo
No passado fim-de-semana terminei a leitura de ‘1000 Record Covers’ de Michael Ochs, uma cuidada edição da Taschen sobre capas de álbuns seleccionadas pelo autor a partir da sua colecção pessoal. Estava à espera de uma obra com alguns pontos de encontro com o livro ‘Jazz Covers’ de Joaquim Paulo, mas tirando a qualidade intrínseca à maioria dos lançamentos desta editora, o livro foi uma enorme desilusão.
Por Jon Marx
Onde o livro de Joaquim Paulo é história, detalhe, investigação e uma recolha de pequenas curiosidades que estimulam o leitor mais devoto ao género musical em causa (o Jazz), a obra de Michael Ochs é um absoluto vazio, um repositório de imagens com algumas ligações, mais ou menos explícitas, entre si e alguma informação avulsa incluída em pouco mais de uma dúzia de discos, para além da preguiçosa informação da ficha técnica em modo reduzido.
Com o trabalho de edição da Lista Rebelde já despachado até ao final do Verão, achei que este livro poderia ser um ponto de partida para mais um projeto de colaboração com a Look Mag. A retoma desta ligação já tinha sido falada em tempos pré-pandémicos com a Sandrinha Pinto, só faltava definir o modelo.
O título da coluna é ‘Capa de vinil sobre tapete vermelho’. Podia chamar-se ‘1000 Capas de Discos’, se não tivéssemos vergonha na cara. Mas eu não possuo 1000 discos de vinil. Lamento desiludir uma vasta legião de admiradores mas, nesse campo, tenho muito mais fama que proveito. Por isso, serão alguns discos de vinil. Menos de 1000 (já tínhamos isso definido), mas mais de 10.
Alguns deles têm histórias pessoais associadas, outros nem tanto. Uns darão algum trabalho a contextualizar, irei incluir pequenos detalhes mais ou menos conhecidos, mas a maioria, muito provavelmente, será arrumada com duas pinceladas de trivialidade. Mas é apenas música pop, ser trivial é fundamental.