The Night Flight Orchestra no LAV: uma viagem à era dourada do rock
A super banda que integra elementos de algumas das mais sonantes bandas de rock e metal atual, esteve em Lisboa para deixar boquiabertos todos os que se deslocaram ao LAV. Com uma década de vida, os The Night Flight Orchestra distribuem alegria por todos, fazendo dançar como se não houvesse amanhã.
Texto: Sandra Pinto
Fotos: Luís Pissarro
A noite de festa começou com os Tragedy, banda que no seu alinhamento só tem músicas dos Bee Gees: com um estilo hair metal e heavy metal clássico, a banda composta por cinco elementos (mais Lance, o rapaz das toalhas) usa mais glitter e roupas brilhantes do que já se viu neste século, mas tudo bem, até lhes fica “a matar”. Tragedy trouxeram a Lisboa um set de 10 músicas com selo dos Bee Gees, incluindo o que dá nome à própria banda ‘Tragedy’, bem como ‘How Deep Is Your Love?’ e ‘Stayin’ Alive’, mas também houve interpretações de heavy metal de músicas da banda sonora de Grease, ABBA, um mashup ridiculamente divertido de ‘It’s Raining Men’ do The Weather Girls e ‘Raining Blood’ do Slayer e uma homenagem ao ‘King’ Neil Diamond com ‘Sweet Caroline’. Pura diversão!
Foi no ano de 2007, que o projeto The Night Flight Orchestra nasceu. Imaginado por Björn “Speed” Strid e David Andersson – parceiros nos Soilwork -, o projeto levou 5 anos para lançar o álbum de estreia, “Internal Affairs” (2012), mas logo ali se percebeu que muito havia ali para dar pelo que rapidamente a banda alcançou uma posição de destaque no cenário musical. Muitos questionam-se sobre qual o motivo de tamanho sucesso, sendo que a resposta até não é complicada: os músicos que fazem parte da banda, onde se inclui o baixista Sharlee D’Angelo, de Arch Enemy e ex-Mercyful Fate, tiveram a capacidade de equilibrar com muita competência, classe e bom gosto, elementos sonoros e estéticos da música das décadas de 70 e 80 do século passado. Para lá do rock, a música dos The Night Flight Orchestra vai buscar influências e memórias ao hard rock, ao heavy metal, ao rock progressivo, não descurando um visita ao funk, ao disco e ao synth pop.
Homenagem a bandas como Toto ou Foreigner, o coletivo adiciona uma grande dose de música pop sueca e uma estética de vintage que remete para os tempos áureos das viagens de avião. Podia não funcionar, mas funciona. The Night Flight Orchestra trazem uma incrível energia para cima do palco, onde, no total, estão 8 elementos: Bjorn “Speed” Strid nos vocais principais, Anna Brygård e Åsa Lundman nos vocais de apoio, Rasmus Ehrnborn nas guitarras, Sharlee D’Angelo no baixo, Jonas Källsbäck na bateria e Sebastian Forslund nas guitarras e percussão. O alinhamento trouxe uma mistura de material novo e antigo, com muitas músicas do novo álbum, como ‘Stratus’, ‘Paloma’ e ‘Way To Spend The Night’, além de clássicos do set ‘Divinyls’, ‘White Jeans’, ‘Domino’ e ‘Gemini. Se os músicos demonstraram estar a divertir-se, o público estava louco: uma noite de cantoria e dança numa atmosfera absolutamente divertida.
Tragedy
The Night Flight Orchestra