Terrakota estão de volta aos álbuns. Tal como nos últimos três trabalhos, esta é uma edição completamente independente, só possível graças à dedicação dos membros da banda, à contribuição dos fãs através de uma campanha de CrowdFunding e à generosidade e entrega dos engenheiros de som e músicos de Lisboa que colaboraram na sua génese.
Num processo espontâneo, “Oxalá” é um álbum em que a maioria dos temas são cantados em português e no qual a mensagem é transmitida com mais clareza. O ponto de partida é, como sempre, África, de onde se sai e aonde se volta, trilhando rotas de escravos em sentido inverso e bebendo da fantástica diversidade musical que daí nasceu e se espalhou pelo mundo fora.
Secção rítmica pujante, diálogos constantes entre as linhas vocais, as guitarras, o kora, o sitar, o ballafon, as percussões e outros instrumentos provenientes de diferentes culturas que consolidam a linguagem worldrootskota, num mundo interligado e tricotado, onde são suprimidas todas as fronteiras, distâncias e barreiras.
Um álbum de Terrakota tambem é sempre um espaço aberto à arte trazida por outros músicos, artistas visuais e escritores. Desta vez destacam-se as participações vocais de Vitorino, Mahesh Vinayakram, Selma Uamusse e Anastácia Carvalho, Florian Doucet, uma letra de Luaty Ikonoklasta e algumas contribuições visuais de Pedro Feijão e Caelyn Robertson.
“Oxalá”
Editado no dia 07 de outubro
Concertos de apresentação:
07 de outubro – Time Out Mercado da Ribeira, Lisboa
08 de outubro – Hard Club, Porto
Por: Sandra Pinto
Leia a entrevista com os Terrakota aqui.