Spreader (experimental, post-punk, Lisboa) publica no Bandcamp o Maxi Single Pressão, criado na busca de referências da música industrial através da utilização de samples de sons urbanos, sob a influência de bandas como os Front 242, Cabaret Voltaire ou Nitzer Ebb.
A mistura de texturas industriais com hinos de força e resistência explodem com uma densidade minimal e transportam o ouvinte para paisagens sonoras esquecidas na cápsula do tempo, levado por uma máquina em movimento rasgado, ao ritmo da vontade.
Constituído em 2020, Spreader começou como um projeto a solo de Pedro Hébil (guitarra, voz). Em 2021 convidou Tiago Lopes (samples, programação) para integrar a banda. A amizade de longa data e as preferências musicais em comum originaram um processo criativo sem precedentes nos seus
percursos.
Pedro Hébil toca guitarra desde o final dos anos 80, tendo-se dedicado à música experimental a partir de 2020.
Tiago Lopes é uma das figuras da EBM nacional. Integrou os Linha Geral e mais tarde fundou os Golpe de Estado com Paulo Abelho. Produziu e participou em discos de várias bandas, entre as quais Rodrigo Leão, onde também o acompanhou como músico.
Pressão é um registo musical sobre o alheamento social, revelado pela descodificação dos retratos sonoros captados em direto na floresta de atividades do Barreiro, com destaque para a indústria.
Esta metamorfose sónica transforma-se numa memória social e territorial. A temática está patente nas letras das canções, em trechos como “Aqui estamos nós, para onde vais, sem rumo, sem norte?”, na canção FUC.4.3, ou em “Viver! Viver! Viver em suspensão, tem outra dimensão!”, na faixa que abre o single, RSS. Em PIM! o conservadorismo é visado com “Uma geração que consente…nada me diz!”.
As músicas foram produzidas por ambos os músicos e gravadas no estúdio de Tiago Lopes, Encarnação Mafra, entre novembro de 2021 e janeiro de 2022. Tiago Lopes assina a mix e o master do trabalho como produtor.