Continuamos a celebrar musicalmente o Dia das Bruxas. Temos agora a participação da Larvae Records, cujo responsável, o músico Zé Pedro, nos deixa uma seleção de 10 músicas.
Dementia 13 – Halloween
Modesta mas sentida homenagem ao incontornável Halloween do John Carpenter!
Necrophagia – Unearthed
Dos primeiros a incorporar samples de série B nos seus temas, isso só por si é assinalável mas continuaram a carecer de um álbum que me saciasse por completo, o qual só chegaria cerca de 2 décadas depois. Segui sempre o trabalho do Mirai Kawashima nos Sigh (daí o convite para o “Codex Bizarre” de Grunt) que assina aqui uma das mais inspiradas prestações de sempre. O Killjoy é um case study da arte persuasiva, a julgar pelas dezenas de músicos míticos que já figuraram nos seus line-ups (e eventualmente ao vínculo a dada altura com a Jenna Jameson).
Bohren and Der Club of Gore
O álbum de excelência para ouvir numa solitária deambulação pedestre nocturna, quando perdido na imensidão de uma grande cidade.
Adequado também após picos de adrenalina, quando o objectivo é suavizar estados de espírito mais oscilantes e revoltos.
Diamanda Galas – My World is Empty Without You
Por vezes somos sugados por um abismo espiral negro, mas acedemos a coabitar voluntariamente com ele, até porque muitas vezes a negatividade consegue ser tão prolífera em instintos de autodestruição como em momentos criativos.
Uma banda sonora adequada poderá converter uma passagem amargurada numa fatalidade glorificada especialmente se contiver uma voz que nos trespassa a alma afagando-nos depois com as suas dissonâncias.
Depeche Mode – Enjoy The Silence
Para mim é simplesmente inconcebível, uma viagem sem o recurso a Depeche Mode a dada altura do itinerário. Dezenas de temas poderiam ser eleitos, mas tinha de referir o “Violator” que transporta em si o equilíbrio perfeito entre luz / escuridão e uma introspecção sombria profunda. A primeira prova relevante que não ficariam confinados nos 80’s
Type-O-Negative – Love You To Death
Ocupam o pedestral do meu pódio imaginário. Imune a qualquer saturação ou desvanecimento temporal de brilhantismo, a simples ousadia de adjectivar o álbum, ainda que de forma positiva, constitui a meu ver uma violação da obra.
Evitando ser ambíguo ou redutor, o único comentário que entendo ser pertinente é que este tema será o miradouro perfeito para contemplar uma obra vasta e obrigatória.
Kirlian Camera – K Pax
Incursões por uma obscuridade electronica – Parte 1
VNV Nation – Where There Is Light
Incursões por uma obscuridade electronica – Parte 2
Samael – I Love The Dead [Alice Cooper cover]
Quando uma cover amplifica ainda mais a negritude do original
King Diamond – Halloween
Um dos temas mais insuperavelmente emblemáticos