“O Regresso das Ditaduras?”, de António Costa Pinto
«Quais as características destes novos partidos, movimentos e líderes, que geralmente são definidos como populistas? A maioria dos estudiosos aponta três traços distintivos: a oposição entre “o povo” e a “elite corrupta”; o discurso em nome do povo e da sua “vontade”; o facto de terem uma “ideologia fina”, ou seja, sem coerência, eclética, e por vezes contraditória e mutante.»
Sabia que, entre novas e antigas, as ditaduras comandam hoje mais de um terço do mundo? Pois é, os regimes autoritários estão de regresso, e impõe-se identificá-los e aos seus mecanismos.
Cresceram em número, mas sobretudo em variedade. Destacam-se em quase todo o território da ex-URSS, assomam na Turquia e na Hungria e dominam potências como a Rússia e a China ou países com grande importância estratégica, como a Arábia Saudita, as Monarquias do Golfo ou a Venezuela.
O Regresso das Ditaduras? apresenta e explica o mapa-mundo actual das ditaduras. Disseca os modos de dominação predominantes e salienta como, cada vez mais, os regimes autoritários “se vestem como democracias”. Assinala continuidades e mudanças e permite uma premente visão global do autoritarismo político contemporâneo, confirmando-o no pólo oposto da governação democrática.
Sobre o autor
António Costa Pinto é investigador coordenador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Foi presidente da Associação Portuguesa de Ciência Política. As suas obras têm incidido sobretudo sobre o autoritarismo, as transições democráticas e as elites políticas. Foi consultor científico do Museu da Presidência da República e tem colaborado regularmente na imprensa, rádio e televisão.
“O Regresso das Ditaduras?”
António Costa Pinto
Fundação Francisco Manuel dos Santos