Murdering Tripping Blues no Ritz Club

Murdering Tripping Blues > Fast Eddie Nelson & Phil D

Sexta-feira é noite de esquecer a rotina e mandar embora o stress que durante uma semana inteira nos dá cabo do juízo e consome a paciência. Depois há noites que até podiam calhar noutro dia, mas que são noites de sexta-feira e onde tudo pode acontecer…como um concerto surpreendente (algo que nos agrada sobremaneira).

Isso mesmo aconteceu no Ritz Club no passado dia 20, no concerto dos Murdering Tripping Blues. Já os tínhamos visto no Rock in Rio Lisboa deste ano (http://look-mag.com/2012/05/28/rock-in-rio-entre-o-metal-e-os-anos-90-ii/), mas não foi suficiente para interiorizar e perceber o poder destes músicos ao vivo…e é muito!

São três, Henry Leone Johnson, na guitarra, Mallory Left Eye, nas teclas e Johnny Dynamite,  na bateria. Perto da uma da manhã subiram a palco e logo o encheram de sons que não deixaram ninguém sossegado. Este regresso em nome próprio a uma sala da capital portuguesa revestiu-se de uma enorme importância, pois foi o regresso do trio à cidade que os viu nascer. “1st Time in Color”, o álbum gravado em 2011, tem servido de base às ultimas apresentações ao vivo da banda o que não sofreu alterações no concerto de Lisboa.

Deram o pontapé de saída com “Ode to Her”, e prosseguiram na tentativa de agarrar o público com “Tune in Drop Out” e “Come in to My Waters”. Não eram muitos os que naquela noite se tinham deslocado à renovada e lindíssima sala da capital, mas quem lá estava teve a ocasião de presenciar um concerto de puro rock and roll com os blues sempre por perto. Na verdade, a música dos Murdering Tripping Blues fazem justiça a estas duas enormes influências: se por um lado a energia do rock está presente, a alma dos blues dá um toque de magia a cada uma das canções, aquele toque que brinda com um sentido único cada música que a banda interpreta, plena de sentimento e entrega. Caramba, que eles gostam mesmo de ali estar, teremos nós pensado na altura!

Prosseguiram com “Eyes of You”, “Dead Cats on The Line” e “My Lust”, pelo meio uma quantidade de alguns “obrigado” por parte do vocalista, que desta forma agradecia a presença de todos. Pela nossa parte nada que agradecer, estava a ser um prazer passar a noite com eles…

A explosão de som que enchia o Ritz não teve interregno, seguindo com “Share the Fire”, antecipada por uma explicação por parte do vocalista “esta música está no nosso último álbum de originais…é sempre giro falar em álbum de originais…”, “Hooked on You”, “Broken Lovers”, “Nurse Feed Use Flatter”, “Modern Times So Simple” e  “I’ll be Your Narcotic”, música que deu por finalizado o concerto.

Para o encore estavam reservadas duas das mais conhecidas músicas da banda, “Can You Hear The Sound” e “Nervous Boggie”, sendo que no meio de ambas Henry Leone Johnson confessou que “não sou muito original a fazer discursos”, sobre o facto de voltar a agradecer a presença de todos com um sentido obrigado, ao que Mallory Left Eye respondeu “temos que chamar alguém para falar por nós entre as músicas…” Tal não será necessário, concluímos nós, porque a música Mississípi style com toques de Hendrix nem preciso de palavras ou sequer explicações para ser entendida… para tal, basta ser ouvida, de preferência ao vivo, um registo que faz, não só crescer cada música, como a própria banda.

Antes de os Murdering Tripping Blues subirem ao palco, o mesmo foi ocupado por Fast Eddie Nelson & Phil D.

Texto: Sandra Pinto
Fotos: Luís Pissarro

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