Lululemon apresentam álbum de estreia "Flying Fortress"

Sabe bem ser surpreendido, e quando esse elemento surpresa nos chega do mundo da música ainda sabe melhor. Foi exatamente o que aconteceu connosco relativamente aos Lululemon. A banda lança no dia 21 de maio o seu primeiro trabalho, motivo mais do que suficiente para com eles trocarmos dois dedos de conversa.
Quem são os Lululemon?
Três rapazes de uma cidade pequena do Norte de Portugal que acabaram a fazer algumas músicas juntos.
Qual a data de nascimento do projeto?
Começámos nos finais de 2009. Nessa altura eramos apenas dois, mais tarde acabou por se juntar mais um elemento à banda.
Como surgiu a ideia e o porquê do nome Lululemon?
Houve um concurso de bandas em Vale de Cambra, a nossa cidade de origem, e para participar decidimos criar uma banda. O concurso acabou por nem se realizar, mas a banda continuou. O nome foi apenas um de muitos possíveis que na altura pensamos e estávamos em dúvida, não tem nenhum significado especial, soou bem e ficou.
Como duo lançaram em 2010 o EP “Thee Ol’ Reliables”, com uma presença forte dos blues dos anos 60. O que mudou desse para este novo trabalho?
Os dois EP’s iniciais baseavam-se mais no blues rock acelerado com algum fuzz e reverb enquanto que o novo disco passa por várias sonoridades distintas (daí estar dividido em quatro partes) desde surf a funk.
Temos mais rock em “Flying Fortress”?
O rock está sempre presente, talvez não da mesma maneira que no EP, mas com outro tipo de composições e arranjos.
Musicalmente qual foi a vossa grande influência neste álbum?
Não haverá uma em especifico sendo as músicas um pouco diferentes entre si. Acho que em cada momento ao fazer as músicas estávamos mais inclinados para um certo tipo de som. Por exemplo, na altura em que fizemos a “Blonde Weather” estávamos numa de bossa nova e surf.
-Dividido em capítulos, o disco transporta-nos para paisagens cinematográficas. São fãs de Sérgio Leone e de Quentin Tarantino?
Sem dúvida, não só deles mas de cinema em geral. Talvez o facto de as músicas serem instrumentais possa fazer soar mais a banda sonora.
Foi propositada essa tendência das músicas surgirem como uma “banda sonora”?
As músicas não surgiram com essa intenção em específico, talvez por vezes com a intenção de despertar algumas sensações. Ao compô-las, esperamos conseguir algo que nos soe bem e nos dê prazer de tocar, se para quem ouvir forem banda sonora de algo bom ainda melhor.
A propósito de banda sonora, era algo que vos agradaria fazer?
Como admiradores de cinema penso que seria algo que nos agradaria muito, apesar de ter noção que não é tão fácil como parece. Uma banda sonora faz uma enorme diferença num filme, penso que para quem a compõe é também uma forma de demonstrar a visão que tem do filme ou o que cada momento lhe desperta.
Como caracterizam o vosso som?
É uma resposta difícil, gostamos de muita coisa que acaba por se misturar e por ter influência no resultado final, por vezes até para nós é inesperado o rumo que uma música acaba por tomar.
A procura de novas sonoridades é algo que vos motiva?
Em certa medida sim, penso que para quem está a criar alguma coisa a procura do “novo” é uma motivação forte, sem também fazer disso algo obsessivo e que possa acabar por ser prejudicial para a banda.
…daí o disco estar dividido nos tais capítulos?
Dividimos o disco porque achamos que cada parte transmite algo bastante diferente e foi composto em épocas diferentes, além disso cada parte tem um sentimento próprio.
Optaram por comercializar o novo disco juntamente com o EP anterior. Porquê?
São duas fases completamente diferentes da banda em todos os aspetos, e desta forma conseguimos ter um disco com duas facetas distintas.
Quando e onde vamos ter oportunidade de ver os Lululemon ao vivo?
Por agora não temos nenhuma data marcada, mas vamos seguramente andar pelo país a mostrar o disco a partir de Junho.
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