Históricos NILE incendiaram Lisboa com a ajuda dos KRISIUN e dos IN ELEMENT
Numa noite que se revelou memorável, o RCA Club abriu as portas a uma legião de fãs dos NILE. A sala de espetáculos esgotou para receber a banda norte-americana que teve como aperitivos duas iguarias: os brasileiros KRISIUN e os franceses IN ELEMENT.
“Victory of Defeat”, o registo discográfico dos IN ELEMENT, surge como uma mistura de estilos passando por death metal melódico, trap e batida eletrónica, algo que acabou por de alguma forma apanhar de surpresa o público. De cara tapada os elementos da banda originária de Paris de tudo fizeram para cativar quem por aquela hora ia chegando ao RCA. A adesão foi morna tendo ganho um pouco mais de lume quando os franceses tocaram a sua versão para o hit de Phil Collins «In The Air Tonight», à qual deram o nome de «In the Air 2nite».
No ano de 1990, nascia na cidade de Ijuí, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul, a banda batizada como KRISIUN, nome inspirado num mar lunar apelidado “Mare Crisium”. Agora, em 2022, o trio gaúcho mais respeitado do death metal brasileiro, chega a Lisboa para mostrar a força de que é feito sendo que debaixo do braço trouxeram o seu mais recente conjunto de temas, lançados pela Century Media Records. Claro que por entre esses temas, foram surgindo alguns dos porta-estandartes da banda, como «Kings Of Killing», de «Apocalyptic Revelations». Da plateia vinha a resposta à energia que jorrava do palco: pernas e braços pelo ar num crowd surfing intenso e um pit circle que, visto de cima, fazia pensar que alguém não sairia de lá inteiro. Mas tudo acabou bem, com a banda a agradecer a forma como foram recebidos em Lisboa.
Formados em 1993, os NILE têm vindo a trilhar uma história feita de sucesso. Com um alinhamento que fez as delicias dos verdeiros fãs, a banda encheu a sala com os seus temas inspiradas na arte, na religião e nas mitologias egípcia, árabe e mesopotâmica, bem como nas obras de H. P. Lovecraft. Se a noite começou com «Sacrifice Unto Sebek», terminou com «Black Seeds Of Vengeance», sendo que pelo meio destacou-se «The Howling Of The Jinn». Se em cima do placo estava tudo certo e a decorrer de acordo com o previsto, na plateia a loucura começou logo aos primeiros acordes com o público a mostrar energicamente a sua alegria por voltar receber a banda de Karl Sanders.
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