Evil Live Festival dia II: Um cartaz eclético onde os Megadeth foram senhores de uma total elegância

Num segundo dia com um cartaz que tinha tudo para agradar a gregos e a troianos (literalmente), o Evil Live Festival 2024 provou (mais uma vez) que é a verdadeira casa do rock! Parabéns à Prime Artists e a todos que o fazem acontecer.

Texto: Sandra Pinto
Fotos: Luís Pissarro

O dia começou com uma despedida. Passamos a explicar. a primeira banda a subir ao palco da MEO Arena foram os W.A.K.O., que decidiram colocar um ponto final carreia sendo esta a sua derradeira apresentação ao vivo. Como dizer adeus nem sempre é fácil, a banda portuguesa decidiu faze-lo com uma enorme entrega fazendo deste concerto um momento absolutamente memorável. Nuno Rodrigues comandou esta última apresentação transformando-a numa momento de comunhão e partilha entre a banda e os seus fãs. Emoções ao rubro, a banda fez com que este ficasse na memória coletiva de todos como o primeiro grande concerto da noite. Para memória futura a entrevista que podem ver aqui. 

Empire State Bastard é uma criação do vocalista dos Biffy Clyro , Simon Neil, e do guitarrista Mike Vennart , aos quais se juntam a baixista Naomi Macleod e baterista Dave Lombardo (esse mesmo) que tocou com eles no disco. Empire State Bastard é visceral, pesado, metal e absolutamente brilhante, mas a um milhão de quilómetros de distância dos hinos de rock que fazem parte do trabalho diário de Neil. À frente dos Empire State Bastard Neil é uma fera completamente diferente da personagem que lidera Biffy Clyro. Ao dar tudo nos vocais, Neil está solto, contorcendo-se e pulando palco fora. De tal maneira nos impactou que fomos à procura de merch…não havia, mas que voltem pois em sala fechada vai ser de loucos.

Electric Callboy entram em palco e, apesar de ser a nossa hora decidida para jantar, ficámos as três primeiras músicas e o que vimos não nos deixou indiferentes. Não fazem de todo o nosso “género”, nem encarnam aquilo que entendemos como uma banda que nos cative, mas não lhes tiramos mérito. Bem pelo contrário! Mal entram em palco percebemos que era altura de “apertar os cintos” e mergulhar de cabeça no mundo numa das maiores celebrações do rock atual europeu.  Do início ao fim, Electric Callboy chegaram ao MEO Arena para fazer a festa: visuais, confetes, pirotecnia, tudo serviu para animar “a malta” que mostrou estar bem a par das suas músicas e letras. A capacidade e a habilidade em envolver e energizar o público provam o seu talento (e qb de exibicionismo). Para nós, é altura de ir jantar!

Suicidal Tendencies é sinal de elevada qualidade e animação brutal. Assim foi. Os californianos mostraram exatamente por que ainda conseguem esgotar concertos mais de quatro décadas depois de terem nascido. Enquanto Mike Muir corre imparável pelo palco,  o público entrega-se num frenesim com camisas e pessoas a voar numa alta voltagem elétrica e brutal atividade física. Não seria um concerto dos Suicidal Tendencies sem terminar com o máximo de pessoas em cima palco com os músicos. Que visão bonita: um palco cheio de fãs!

Megadeth sobem a palco com Dave Mustaine a liderar. A instituição norte-americana de thrash/speed ​​metal apresentou um set transbordando de peso e velocidade, tudo liderado pelo “MegaDave”, contando na bateria com Dirk Verbeuren com quem tivemos o prazer de conversar numa entrevista que podem ver (ou rever) aqui.

Os Avenged Sevenfold são por muitos considerados como uma das melhores bandas de heavy metal/rock ao vivo do planeta: ao fechar esta edição do Evil Live Festival provaram isso mesmo. E fizeram-no perante uma sala cheia de fãs que ali estavam apenas para os ver (isso percebia-se bem pela quantidade de t-shirts da banda que inundavam o público). Com uma performance e produção impecáveis, têm a companhia dos fãs que os acompanham em casa palavra de cada tema que vão interpretando. Perante uma multidão enérgica e barulhenta, a banda ofereceu momentos únicos. Tal não será de estranhar: não será à toa que Avenged Sevenfold são veteranos no topo da cadeia alimentar do rock e do metal atual. Showmen definitivos e bons músicos, neste ponto da carreira demonstram que não têm medo de nada. Como nos revelou um fã à saída, «cada euros vale para os ver ao vivo».

W.A.K.O.

Empire State Bastard

Electric Callboy

Suicidal Tendencies

Megadeth

Avenged Sevenfold

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