A exposição pretende centrar-se em propostas de artistas de várias sensibilidades, culturas e gerações em torno do denominador comum da autobiografia.

Destinado a um futuro sombrio nos anos 60 do século xx, a julgar pela máxima do pintor americano Ad Reinhardt, “a única coisa a dizer sobre a arte e a vida é que a arte é a arte e a vida é a vida”, rejeitado pelos círculos modernistas e minimalistas, fortemente criticado pelo estruturalismo, o género autobiográfico desafiou as expectativas ao reemergir na segunda metade dos anos 70, tornando-se um tema estabelecido de criação contemporânea a partir dos anos 80. Testemunhe o trabalho de Sophie Calle e Nan Goldin, as quais transformaram a sua experiência diária numa obra onde as fronteiras entre a arte e a vida são mais difusas do que nunca.

Todos os artistas seleccionados para esta exposição revelaram interesse, episódico ou persistente, no género autobiográfico, situando as suas próprias histórias, origens e genealogias quer no centro quer na margem das suas respectivas abordagens e trajectórias. O princípio definidor do projecto é a demonstração de que o género foi capaz de inspirar estéticas tão diametralmente opostas como as de On Kawara e Mélanie Delattre-Vogt, Ernesto Sartori ou Ryan Gander.

Artistas: David B., Mélanie Delattre-Vogt, Ryan Gander, On Kawara, Sol LeWitt, Jonas Mekas, Frédéric Pajak, Noëlle Pujol, Yvan Salomone, Ernesto Sartori, Fiona Tan, Franz Erhard Walther.

Autobiographies
Até 20 de Maio
Espace culturel Louis Vuitton
60, rue de Bassano
101, avenue des Champs-Élysées
75008 Paris

www.louisvuitton.com/espaceculturel
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