Airbourne no Capitólio: O rock ‘n’ roll corre-lhes nas veias e nas pingas do suor

Se não primam pela originalidade (não é a toa que os ACDC estão na boca e na mente do público), a verdade é que os (igualmente) australianos Airbourne conseguem a proeza de entreter como poucos. Mesmo que não sejamos os maiores fãs do género, é praticamente impossível não ser arrastado na onde do mais puro rock ‘n’ roll com que inundam a sala do Parque Mayer. 

Texto: Sandra Pinto
Fotos: Luís Pissarro

Oriundos do Reino Unidos, os ASOMVEL nasceram em 1997 para tocar thrash da maneira que género nasceu para ser tocado: de uma forma ferozmente, selvagem, desequilibrado e com a sutileza de elefante numa loja de cristais. Os Robinson, não são uma família “normal”: o pai  Lenny (guitarra),  e os filhos Stel (guitarra) e Ralph (baixo, vocais), são acompanhados por Ryan Thackwray na bateria. Juntos, são exímios praticantes de um som que, mais do que música, é um protesto barulhento contra o conceito de uma existência pacata (e silenciosa).

Formada em 2003, a banda liderada pelo algo desequilibrado Joel O’Keefe (guitarra, vocais), tocam rock ‘n’ roll da melhor maneira que deve ser tocado: alto, bruto e perigosamente perto de entrar em colapso. Na companhia do seu irmão Ryan (bateria), Justin Street (baixo) e Brett Tyrrell (guitarra), os Airbourne fazem música que mais parece uma explosão num mosh pit, uma loucura cacofónica de energia imprudente que poderia destruir não apenas os tímpanos, mas qualquer sensação fugaz de sermos nós próprios. A sua música funciona como um blitz sem barreiras entre o hard rock e o thrash, do género onde se grita sem perceber porque que se começou a gritar.

Do primeiro ao último tema, o set da banda é uma absoluta explosão de alta voltagem (ACDC outra vez?!). Assim que os primeiros riffs enchem o ar, a loucura toma conta da sala esgotada! Joel não pára um segundo: pula, corre, salta, navega por cima do público num barco de borracha e faz um workshop de whiskey (só vai acreditar quem lá esteve!), sem nunca parar de tocar. A energia é tanta que por vezes só de olhar até nós nos sentimos esgotados.

ASOMVEL

Airbourne

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