“Weyward”, de Emilia Hart aborda a condição feminina em vários momentos históricos

Emilia Hart, escritora britânico-australiana, surpreende em “Weyward” ao abordar de forma desassombrada a condição feminina em vários momentos históricos.

Ao longo da obra, somos levados até aos dias atuais, a meados do séc. XX e aos julgamentos das bruxas britânicas do séc. XVII. Em cada um destes periodos, a autora tem o condão de, recorrendo a três linhas narrativas, conseguir retratar o peso do patriarcado e da violência perpetuada sobre as mulheres.

No decurso das páginas de “Weyward”, acompanhamos três gerações de mulheres que fazendo uso da força transformadora da Natureza de tudo fizeram para romper as amarras que as tentavam subjugar.

Olhemos mais atentamente para cada uma delas:
Kate, que em fuga de uma relação abusiva encontrou refúgio na Casa Weyward, na Cúmbria; Violet, a sua tia-avó, que lhe deixou a casa de herança, e igualmente vítima de violência sexual, emocional e, como muitas mulheres na década de 40, limitada no seu direito à autodeterminação e à independência; e Altha, uma curandeira que habitou a mesma casa e que foi julgada por feitiçaria no séc. XVII.

As três protagonistas partilham ao longo da narrativa, não só o lugar da ação, mas a linhagem familiar e um passado de abusos. A uni-las a superação e a forte ligação à Natureza.

«Comecei a escrever esta história em 2020, quando, à semelhança das protagonistas, me refugiei na região de Cúmbria, na sequência da pandemia de COVID-19. Enquanto ali vivi, soube dos julgamentos das bruxas de Pendle, que tiveram lugar nesta localidade próxima de Lancaster, em 1612. Na sequência dos julgamentos, nove pessoas – sobretudo mulheres – foram executadas. Descobri também que, às vezes, os lugares têm poder. Ou, talvez, alguns lugares nos ajudem a descobrir os nossos poderes. Foi esta a semente que originou Weyward», revelou Emilia Hart, que estudou Literatura Inglesa e Direito na Universidade da Nova Gales do Sul antes de trabalhar como advogada em Sidney e Londres.

Como tudo começa…
Em 2019, Kate foge de uma relação abusiva e refugia-se em Crows Beck, uma aldeia remota na Cúmbria. O seu destino é a Casa Weyward, herança da sua tia-avó Violet, uma entomologista excêntrica.
Enquanto lida com o trauma do seu passado, Kate descobre um segredo sobre as mulheres da sua família. Uma história que remonta a 1619, quando Altha Weyward foi julgada por feitiçaria…
Tecendo as vidas de três mulheres extraordinárias, Weyward é um romance absolutamente maravilhoso sobre o empoderamento feminino, a esteira de violência masculina ao longo de séculos e o poder libertador da Natureza.

“Weyward”
Emilia Hart
Porto Editora

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