The Warning no LAV – Lisboa ao Vivo: a garra e a magia do rock no feminino

Duas bandas; dois géneros musicais; duas maneiras de encarar a música. Em comum, o facto de ser tocada apenas por mulheres. Numa noite em que só mulheres subiram ao palco, o LAV encheu-se de uma energia mega cativante, primeiro com as Conquer//Divide e depois com as The Warning.

Texto: Sandra Pinto
Fotos: Luís Pissarro

A noite abriu com a banda Conquer//Divide, banda que mantém a fidelidade à estética visual do seu registo mais recente e que serve de base à tour que trouxe a banda até Lisboa. Slow Burn, lançado pela Mascot Records, foi a pedra basilar do alinhamento que a banda originária de  Michigan, nos EUA, trouxe a Lisboa. Para deleite dos fãs, a banda trouxe temas antigos o que deu ao seu set uma áurea ainda mais atraente.  Com Slow Burn, «um álbum baseado na verdade», Conquer//Divide expressa-se plenamente. A banda grita e pede por resoluções e revolução, colocando tudo em risco, abstendo-se de seguir «a manada». Este é um álbum essencial para os ouvidos dos mais «desencantados e paralisados ​​por demónios internos que tentam silenciar os ruídos indesejados».

De Monterrey, no México, chegaram as estrelas da noite: The Warning. A banda, fundada em 2013 pela irmãs Daniela, Paulina e Alejandra Villarreal, arrasou com o seu rock poderosos e intenso. Nesta sua primeira tour europeia, que passou (e bem) por Lisboa, as manas, que já abriram para Muse e Royal Blood, chegaram para vencer. Tendo vindo a encher salas pelas cidades por onde têm passado, as The Warning recolhem os louros do seu trabalho árduo e são mais do que merecedoras de tudo o de positivo têm vindo a conseguir. 

A sua presença em palco não deixou ninguém indiferente conseguindo impressionar cada elemento do público. Com uma performance carismática e cativante, ao longo do concerto conseguir atrair o público a cada segundo. Abordando o concerto e a audiência de uma forma verdadeiramente genuína, uma das irmãs do Villarreal teve seu momento de brilhar: quer fossem os solos de guitarra devastadores de Daniela, as batidas imensas e estrondosas de Paulina ou as linhas de baixo viciantes e funky de Alejandra. Eram dela também os vocais de primeira linha, que juntamente com a instrumentação, traziam canções quase perfeitas.

Conquer//Divide

The Warning

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