Super Bock Super Rock 2015 Dia III

FFS-LookMag_pt00

Último dia de um festival que já ganhou. A aposta de regressar a Lisboa foi talvez arriscada mas plenamente conseguida. Super Bock Super Rock 2015 vai deixar saudades. De acordo com dados fornecidos pela organização, estiveram no terceiro e último dia da 21.ª edição do SBSR cerca de 20 mil pessoas, a lotação máxima do espaço.

Márcia > Thunder & Co. > Palma Violets

Um concerto cheio de surpresas foi aquele que Márcia trouxe ao festival. “Quarto Crescente” o álbum que tantas elegrias deu à cantora foi objeto de diversas vsitas durante o alinhamento, apesar do mesmo ter assente em grade parte no mais recente registo discográfico editado pela artista. Samuel Úria sobe ao palco para cantar “Menina”, enquanto Criolo marca presença em “Linha de Ferro”. Ninguém do público se sentir envergonhado pelo que todos acompanharam os refrões de quase todas as músicas, como “Insatisfação” e “A Pele Que Há Em Mim”. “Bom Destino” e “Lado Oposto”, ambas do registo mais recente de Márcia deixaram um doce travo na nossa memória.

A banda Thunder & Co.. são os lisboetas Rodrigo Gomes e Sebastião Teixeira. Responsáveis pela editora Duro apresentaram música solta, de cariz eletrónico e correndo sobre os territórios do indie onde apetece dançar. Concerto animado com o público a participar na festa.

Já nos tínhamos cruzado com eles em Paredes de Coura onde atuaram ao fim da tarde. Depois cruzámo-nos com eles no Rossio, no Mexefest, e agora reencontrámo-nos à beira do Tejo. Dos três encontros assinalamos a energia com que entram em palco e a foça que imprimem à interpretação das suas canções. Do lado de cá muito público, bastante jovem que encontrou na música dos Palma Violets o pretexto certo para dar vazão à raiva tão característica da idade. Depois do sucesso do concerto quase apostamos que vão voltar.

Rodrigo Amarante > D’Alva > Unknown Mortal Orchestra

Chegámos no principio e só nos apeteceu que aquele concerto tivesse acontecido lá fora, ao ar livre e não no MEO Arena. Teria ganho mais, sendo que não deixou de ser bonito ver Rodrigo Amarante cantar com aquele toque de classe “Irene” deu o pontapé de saída num alinhamento que animou em “Maná” e “Hourglass”. Merecia mais Rodrigo, mais público, mais atenção. Que volte mas desta vez em nome próprio e em sala fechada.

Atitude, descontração e felicidade foi assim o concerto dos D’Alva. Sempre que sobem ao palco prometem momentos de cantoria e comunhão e mais uma vez cumpriram a promessa, fazendo com que o muito público que ali se encontrava para os ver e ouvir não arredasse pé. “#batequebate” e “Frescobol” levaram todos a cantar e a dançar, sendo que o destaque vai direitinho para a cover das Spice Girls.

Unknown Mortal Orchestra atuaram sob a pala onde verdade seja dita o som não era dos melhores. Mesmo assim conseguiram captar e manter a atenção por parte do público. Rock psicadélico em fim de tarde foi o que ofereceram num cenário à beira do rio onde a boa disposição assentou arraiais. “So Good At Being In Trouble” marcou o set e as passadas de dança que mesmo ali, sob a pala se puderam dar.

Crystal Fighters > Banda do Mar > FFS

Vamos “celebrar a música, o amor e a liberdade”, avisaram os Crystal Fighters. “You and I” e “Plage” foram pontos altos de um concerto onde a boa onda marcou presença. “Obrigado por partilharem esta realidade connosco. Abracem quem está ao vosso lado, celebrem este momento fisicamente”, ouve-se do palco. Muito se dançou neste concerto onde uma onda hippie inundou o MEO Arena. Resultado de uma fusão improvável de muitos géneros musicais, as canções dos Crystal Fighters destacam-se pelo talento e criatividade do quinteto, ganhando em palco uma renovada dimensão sonora.

Palco EDP recebeu a maior enchente durante o concerto da Banda do Mar. “Anna Júlia” o maior hit dos Los Hermanos, teve honras de estar presente assim como diversos temas que não constam do registo discográfico da banda. Marcelo Camelo, Mallu Magalhães e Fred Pinto Ferreira estão cada vez mais junto do público português e isso percebeu-se e sentiu-se ali ao interpretaram todos temas como “Hey Nana”, “Mais Ninguém”, “Sambinha Bom” e “Dia Clarear”. Um verdadeira festa que terminou com “Muitos Chocolates”.
Os escoceses Franz Ferdinand e os norte-americanos Sparks deram origem aos FFS, projeto que quase deitou abaixo o MEO Arena na primeira apresentação em Portugal. Sala cheia e muitos fãs dos Franz Ferdinand foi o toque certo para que este fosse para nós um dos concertos da noite e do festival. “FFS”, álbum conjunto das duas bandas que serve de base ao concerto esteve obviamente em destaque. Destacamos “Call Girl” e “So Desu Ne”. Uma hora suada foi o que nos deram e nós gostámos disso. “Do You Want To”, “Michael” e “Take Me Out”, temas dos Franz Ferdinand quase fizeram as paredes tremer. é sempre bom tê-los de volta seja em que formato for e independentemente da companhia. Mas esta foi muito boa, aposta ganha para um projeto à partida improvável.

Florence and the Machine, principal cabeça de cartaz do festival, deu ao evento a grande enchente, a sempre desejada lotação esgotada. Toda a carreira de Florence foi ali passada em revista com o público em êxtase a bater palmas e a acompanhar no refrão.

A equipa da Look Mag ficou hospedada no hotel íbis Centro-Saldanha. A Ibis apresenta um conjunto de condições ideias para receber os apreciadores de música que desta forma podem aproveitar os eventos de música com todo o conforto e comodidade. Localizado bem no centro da capital, o hotel proporciona o descanso merecido depois de um dia de muitos concertos e animação. Com um design muito contemporâneo, apresenta, além da cama Sweet Bed™, novos espaços públicos, os quais constituem a segunda revolução da marca. Concebidos pelo Atelier Archange, democratizam o design contemporâneo com materiais nobres, cores quentes e um mobiliário inédito na hotelaria económica. Introduzem igualmente um novo estado de espírito, descontração e conforto, com espaços abertos, fluídos e interligados. Há uma redefinição dos espaços onde é realizada uma abordagem estética surpreendente, com os espaços descompartimentados, onde cada hóspede pode criar o seu espaço próprio. Uma atmosfera confortável com um espírito lúdico que favorece a interação entre os clientes e o staff do hotel.
www.ibis.com

Reportagem fotográfica com o apoio Canon Portugal www.canon.pt/

Texto: Sandra Pinto
Fotos: Luís Pissarro

You May Also Like

À conversa com Asomvel

Bloodhunter anunciam concerto para Lisboa

Prémios Adamastor: novidades para descobrir e ir acompanhando aqui

À conversa com Timo Rotten dos Oceans

error: Conteúdo protegido. Partilhe e divulgue o link com o crédito @lookmag.pt