Super Bock Super Rock 2015 Dia II

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E ao segundo dia o Super Bock Super Rock ganhava renovado interesse. Por entre reencontros de amigos, partilhas musicais enquanto se refrescava o corpo com uma Super Bock era hora de ver subir a palco alguns nomes que fazem deste um cartaz 5 estrelas.

Kindness > The Drums

Adam Bainbridge é Kindness e Kindness é Adam Bainbridge. Pop enigmática é a que pratica e a que trouxe novamente a Portugal. No ano de 2007 participou numa residência artística e criativa no The Philadelphia Institute for Advance Study, passo importante que o fez dedicar-se em exclusivo à composição. De origem britânica, Kindness estreou-se em 2012 com o álbum “World, You Need a Change of Mind”, produzido por Philippe Zdar. Mas o alinhamento que trouxe ao Parque das Nações assentou sobretudo em Otherness” registo lançado em 2014 e com o qual ficámos a conhecer uma mão cheia de temas pop com ritmos synth com a década de 80 bem marcada, R&B em doses temperadas e eletrónica fina.

Era altura de espreitarmos a sonoridade indie rock dos nova-iorquinos The Drums. Chegaram de Brooklyn e com eles transportam uma certa aura vinda da new wave. Temas com diferentes elementos eletrónicos, espetáculo visual e ambientes melancólicos marcaram o concerto dos Drums. Editado em 2014 “Ensyclopedia” serve de base ao alinhamento o qual é cortado com temas retirados do trabalho homónimo de 2010. “Down By The Water” e “Portamento” vão ficar na nossa memória.

Savages > Jorge Palma & Sérgio Godinho

Passaram pelo NOS Primavera Sound e pelo Vodafone Mexefest em 2013, depois em 2014 voltaram ao Porto para encherem o Hard Club. Regressam agora ao Super Bock Super Rock para gáudio dos muitos fãs e felicidade da própria banda, fã confessa do nosso país. Músicas já tão nossas conhecidas fizeram a harmonização do alinhamento com temas novos, apesar da banda não ter ainda anunciado novo trabalho.
“Husbands”, “Fuckers”, “I Am Here” e “She Will” mostraram de novo a força da música de uma banda composta por elementos femininos que transporta na alma um certo sentimento Siouxiano e que faz do post-rock uma forma inconformada de fazer e de estar na música.

Foi bonito de ver os amigos Jorge Palma e Sérgio Godinho subirem a palco e brindarem o público com a sua típica e irresistível espontaneidade. Com uma cumplicidade cativante, ambos interpretaram temas clássicos das respetivas carreiras. Na plateia as leras iam sendo cantadas a uma voz, algo que quem lá estava jamais vai esquecer uma vez que a emoção que encheu por completo o MEO Arena foi memorável. «Juntos», referiu diversas vezes Sérgio Godinho por entre temas como “Lá em baixo”, “Mudemos de assunto”, “Dá-me Lume” e “Minha Senhora da Solidão”.

Brilhozinho nos olhos e sorriso no rosto era assim que estávamos todos ao ouvir estes dois amigos continuar a noite com “Os Conquistadores”, “O Elixir da Eterna Juventude”, “Frágil”, “Só”, “Terra dos Sonhos”, “A Noite Passada”, “O Acesso Bloqueado”, “Deixa-me rir” e “Portugal, Portugal” onde as palmas foram muitas. «Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida», canta Sérgio Godinho, seguido sempre de perto pelo público no refrão de “O Primeiro Dia”. Para o final “Liberdade” e “A gente vai continuar”. Foi bonito pá, quase nos apetece falar no final de um concerto feito comunhão e homenagem a algo tão importante, mas simultaneamente tão frágil, que se chama liberdade.

Best Youth > Bombay Bicycle Club

No palco Antena 3 era hora de ver atuar os Best Youth. Ed (Rocha Gonçalves), responsável pelas composições e produção, e Kate (Catarina Salinas), nas letras e vocalizações, surpreenderam apenas quem nunca com quem eles se tinha cruzado. Com o sucesso de 2011 em formato EP, “Winterlies” os Best Youth mostram um indie-pop sofisticado e elegantemente eletrónico. Em 2015 surgem com o álbum “Highway Moon” o qual serviu de base ao alinhamento que trouxeram Super Bock Super Rock 2015.

Jack Steadman, Jamye MacCol, Suren de Saram e Ed Nash compõem os Bombay Bicycle Club. Chegaram da região de Crouch End, perto de Londres, para encantarem o público português com as suas melodias simples. “So Long See You Tomorrow”, o registo lançado em 2014, serviu de base ao concerto que deram no Parque das Nações, mas por lá também se ouviram temas do registo de 2011, “A Different Kind of Fix”.

dEUS > Blur

Os belgas dEUS já vimos várias vezes e em diferentes palcos e cenários, até porque é conhecida a sua paixão por Portugal. Chegaram ao Palco Super Bock com calma e tranquilidade mostrando um alinhamento que num crescendo de fúria e garra foi cativando mais e mais público. “Instant Street”, “Keep You Close” e “Constant Now” deram melodia, com um Tom Barman, ali, pronto para nos dar o melhor de si arrastando consigo a banda de excelentes músicos. “Worst Case Scenario” e o rock regressou em força à cidade, fechando com “Suds and Soda”. No final os agradecimentos em português. Obrigada nós Tom, volta sempre.

Numa chamada de atenção para o seu trabalho mais recente, o palco do MEO Arena estava repleto de cones de gelados que gigantes e coloridos lembrando que dali a momentos os Blur iam subir e mostrar o que valem. “Are you ready?” é a questão que Damon Albarn lança para o público antes de atacar com um alinhamento que no final da noite deixou muitos de coração cheio de saudades e nostalgia. “Go Out” do recente The Magic Whip abre a noite, a qual depois se passeia numa viagem no tempo com pontuais paragens no presente.

“There’s No Other Way” e “Lonesome Street” seguem-se dando a conhecer um Damon Albarn eternamente teenager que desce do palco e se dirige às primeiras filas onde frenéticos fãs o recebem de braços abertos. “Badhead”,”Coffee and Tv”, “Out of Time” e “Beetlebum” são as paragens musicais que se seguem numa noite de redescoberta de uma vida que se reparte em oito álbuns. “Thought I was a Spaceman”, “Trimm Trabb”, “He Thought of Cars”, “End of a Century” e “Tender” dão seguimento à noite. Por entre elas, pedidos de Damon para que se cante mais alto prontamente atendidos por uma plateia agora já bastante composta. “Parklife” e o concerto segue para o final. Damon chama a palco um fã para com ele a cantar.

“Ong Ong” e “Song 2” abrem a reta final do concerto o qual veio provar mais uma vez o quanto o público português gosta e vive com as canções dos Blur. “To the End” chega já bem perto do fim com Damon de bandeira portuguesa na mão. “This is a Low”, “Stereotype” servem de aperitivo antes da chegada de “Girls and Boys” dedicada por Damon “aos amigos lá na Grécia”. “For Tomorrow” e “The Universal” encerram um concerto que ninguém vai esquecer e que pontuou como o momento alto deste segundo dia do festival.

A equipa da Look Mag ficou hospedada no hotel íbis Centro-Saldanha. A Ibis apresenta um conjunto de condições ideias para receber os apreciadores de música que desta forma podem aproveitar os eventos de música com todo o conforto e comodidade. Localizado bem no centro da capital, o hotel proporciona o descanso merecido depois de um dia de muitos concertos e animação. Com um design muito contemporâneo, apresenta, além da cama Sweet Bed™, novos espaços públicos, os quais constituem a segunda revolução da marca. Concebidos pelo Atelier Archange, democratizam o design contemporâneo com materiais nobres, cores quentes e um mobiliário inédito na hotelaria económica. Introduzem igualmente um novo estado de espírito, descontração e conforto, com espaços abertos, fluídos e interligados. Há uma redefinição dos espaços onde é realizada uma abordagem estética surpreendente, com os espaços descompartimentados, onde cada hóspede pode criar o seu espaço próprio. Uma atmosfera confortável com um espírito lúdico que favorece a interação entre os clientes e o staff do hotel.
www.ibis.com

Reportagem fotográfica com o apoio Canon Portugal www.canon.pt/

Texto: Sandra Pinto
Fotos: Luís Pissarro

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