Não isto não é um festival. Na realidade o Rock in Rio é um evento que dá especial destaque à música. Ou seja, em redor de um cabeça de cartaz forte surgem uma quantidade de outros concertos que complementam o cardápio musical dos diferentes dias. Sendo que este ano não houve dia dedicado ao metal, com grande pena nossa diga-se de passagem, o dia 30 foi o mais “pesado” do cartaz desta edição.

Estiveram em Lisboa o ano passado no festival Super Bock Super Rock onde deram um concertão (https://lookmag.pt/blog/super-bock-super-rock-2013-dia-iii/). Falamos dos Queens Of The Stone Age que regressaram a solo nacional para dar música num evento onde muito provavelmente não se sentiram tão à vontade. Dizemos isto pois Josh Homme demonstrou não gostar nada dos artefactos iluminados que um dos patrocinadores espalhou pelo público pedindo, ou melhor, ordenando para que ninguém os levantasse. O público? Bom, o público obedeceu e bem, a nosso ver já que é bastante irritante ter as lanternazinhas a perturbar a visão para o palco. Mas continuemos. Não sendo cabeça de cartaz, ao contrário do ano passado no Meco, os Queens subiram ao palco quando o sol ainda brilhava no céu. Logo aí ficou a faltar qualquer coisa, além do merecido lugar cimeiro no alinhamento da noite.

«You Think I Ain’t Worth a Dollar, But I Feel Like a Millionaire» abre as hostilidades e com elas os riffs poderosos que parte do público mostrou conhecer. De seguida chega «Go With The Flow» música que quem lá estava por eles contou e acompanhou do princípio ao fim. A verdade é que auqle hora eram já muitos os que ali se encontravam a marcar lugar para os Linkin Park, cabeça de cartaz da noite. Bem mais falador neste do que no concerto anterior que deles assistimos, Josh Homme leva o alinhamento num crescendo rumo ao rock puro e duro que tanto praticam e que tanto nos agrada. Uma nota para o som que não foi dos melhores, o que foi pena pois não se fez justiça à qualidade da banda.
«No One Knows» e «Little Sister» levaram os verdadeiros e mais antigos seguidores da banda a um êxtase colectivo enquanto as músicas novas ganhavam ali em cima daquele palco uma força que se adivinhava em disco. «Fairweather Friend», «My God Is The Sun», «Smooth Sailing» foram as senhoras que se seguiram. Josh Homme despede-se com um «olhem à vossa volta e vejam como somos bonitos todos juntos». A nós só nos apeteceu retorquir, bonito és tu, homem, bonito és tu!

Formados em 1996 na cidade norte-americana de Agoura Hills, na Califórnia, os Linkin Park são uma das presenças regulares nas edições do Rock in Rio. Foi pela terceira vez que a banda de Chester Bennington e Mike Shinoda subiu ao palco do Rock in Rio Lisboa para dar azo a mais uma enorme enchente de público que sabe ao que vai e sabe que vai sair de lá satisfeito. Chegaram, tocaram e venceram, não que para isso precisassem de fazer grandes esforços. Junho assinala a data de lançamento do novo registo discográfico da banda, o que levou Mike Shinoda a atirar para o público vários CD com a nova música «Wastelands». Ainda de The Hunting Party, nome do novo disco, chegou ao palco «Guilty All The Same».

Mas as verdadeiras estrelas do alinhamento foram os grandes hits da banda, como «Given Up», «Points Of Authority» e «One Step Closer». A fasquia da emoção para os fãs da banda voltou a subir com «Leave Out All the Rest», «Shadow of the Day», e «Iridescent», e culminou em «Numb», «In The End», e «Faint». Para o encore «Until It’s Gone» e «A light that never comes», este a meias com Steve Aoki.

A equipa da Look Mag ficou hospedada no hotel íbis Centro-Saldanha. De acordo com o noticiado em https://lookmag.pt/blog/ibis-e-os-festivais-de-verao/, a Ibis apresenta um conjunto de condições ideias para receber os apreciadores de música que desta forma podem aproveitar os eventos de música com todo o conforto e comodidade. Localizado bem no centro da capital, o hotel proporciona o descanso merecido depois de um dia de muitos concertos e animação.

Para reservas: http://www.accorhotels.com/pt/hotel-2117-ibis-lisboa-centro-saldanha/index.shtml

Texto: Sandra Pinto
Fotos: Luís Pissarro