Os ucranianos Jinjer vieram a Lisboa mostrar de que fibra são feitos. E essa é forte, muito forte

Depois de adiamentos por causa da pandemia Covid-19, e dúvidas devido à situação de guerra que se vive no seu país, o ucraniano Jinjer aterraram em Lisboa para um concerto cheio de intensidade.

Texto: Sandra Pinto
Fotos: Luís Pissarro

Na primeira parte duas bandas nacionais: Sotz’ e Okkultist. Sotz’ significa “deus morcego” na mitologia maia. É este imaginário que serve de ponto de partida à banda originária do Porto que teve o privilégio de abrir a noite. Com um enorme garra e intensidade, trouxeram ao Lisboa ao Vivo um concerto imparável onde a cadência das músicas se apresentando tal meteoritos a cruzar os céus. Com um álbum ainda quente na bagagem, “Popol Vuh” foi nele que alavancaram grande parte do alinhamento. Se a ideia era agarrar o público, a tarefa foi muito bem conseguida com o vocalista Dan Vesca a dar tudo, como sempre. Excelente maneira de começar a noite, miau!

Depois foi a vez de subirem ao palco do novo LAV os Okkultist. Inegável será referir que além da música, a banda lisboeta alavanca muita da sua apresentação na figura da sua vocalista. De fato, Beatriz Mariano consegue chamar a si grande parte das atenção, não apenas pelo seu visual extremamente cuidado e impactante, mas, sobretudo pela versatilidade da sua voz, que se revelou poderosa ao interpretar os temas do álbum de estreia, “Reinventing Evil”, lançado em 2019.

Sendo este o seu único concerto na Europa em nome próprio, os Jinjer (que se encontram a fazer diversos concertos em festivais) fizeram questão de dar tudo ao público nacional. Tatiana Shmaylyuk, imparável, liderou o coletivo de músicos que fizeram de tudo para deixar no público as melhores das memórias. E se bem o tentaram melhor o conseguiram, pois não havia quem não estivesse perfeitamente rendido ao som dos recentemente declarados pelo governo da Ucrânia como «embaixadores e angariadores de fundos e conscientização da invasão da sua terra natal». No público a bandeira do país invadido e do palco um forte «fuck Putin» dedicado ao responsável pela invasão. Se a expetativa para os ver era grande no inico da noite, a mesma foi perfeitamente cumprida no final, quando se despiram, de nós com um aplauso às bandas nacionais que para eles abriram a noite.

Sotz’

Okkultist

Jinjer

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