A cooperação faz parte do tecido das nossas vidas, desde a mais mundana das atividades aos feitos mais monumentais. «Não se limitou a mudar o mundo: ela criou-o», assegura Nichola Raihani. Ainda nas palavras da autora especialista em Evolução e Comportamento Social, «a cooperação é a razão porque os humanos conseguiram não só sobreviver, mas também prosperar em quase todos os habitats da Terra». Podemos gostar de nos considerar criaturas autónomas e autossuficientes, mas as crises em grande escala, como aquela que presentemente vivemos, realçam que, na essência, somos seres interdependentes. Organizado em quatro partes, O Instinto Social explora a evolução da complexidade social em diferentes escalas: o indivíduo, a família, o dilema social e as sociedades. Dá também a conhecer o reverso da medalha, nomeadamente a vulnerabilidade a batoteiros e aproveitadores de diferentes espécies, sejam eles abelhas, formigas, primatas, zaragateiros, ratos-toupeira-da-damaralândia, bodiões-limpadores, corvinos-apóstolos ou… humanos.
O livro já se encontra em pré-venda e estará disponível nas livrarias a 4 de abril.
«A cooperação na história da humanidade parece funcionar como num conto de fadas. Se usada devidamente trará riqueza, mas nas mãos erradas, ou se mal usada, trará ruína. A cooperação trouxe-nos até aqui, mas se não encontrarmos maneira de cooperar melhor – numa escala que nos permita lidar com os problemas globais com que nos deparamos – arriscamo-nos a ser vítimas do nosso êxito. Está nas nossas mãos decidir se o conto de fadas terá um final feliz.»
Nichola Raihani