À descoberta de Évora
Vamos descobrir Évora no coração da peneplanície alentejana, na confluência de três importantes bacias hidrográficas, do Tejo, do Guadiana e do Sado, ponto de cruzamento milenar de vias e rotas comerciais que ligavam e ligam o litoral ao interior peninsular, o norte ao sul.
Território antigo, com vestígios de ocupação humana desde a pré-história, Évora tem uma posição geográfica privilegiada a qual explica a importância que a cidade adquiriu desde a antiguidade, enquanto centro político e social de todas as civilizações que marcaram o atual território português.
Fórum Eugénio de Almeida
Espaço vocacionado para a promoção de ações artísticas e culturais é composto por dois pisos com exposições temporárias e dois espaços especializados: sala Rostrum, destinada às últimas tendências e projetos experimentais, e o espaço Atrium. Dispõe de um auditório, salas multiusos, centro de reuniões e conferências, espaços de lazer (restaurante, cafetaria e wine bar) e loja. A área exterior compreende o Páteo de Honra, o Jardim Norte e o Jardim das Casas Pintadas, cuja galeria inclui um exemplar único em Portugal de pintura mural palaciana da segunda metade do século XVI.
Biblioteca Pública de Évora
Em 2005 celebrou 200 anos de existência tendo sido fundada pelo Arcebispo Frei Manuel do Cenáculo, um clérigo poderoso, generoso e culto, uma das figuras de maior relevo do Iluminismo português. O seu espólio inclui 664 incunábulos e 6445 livros impressos do século XVI, para além de vários núcleos de documentos manuscritos, de cartografia, música impressa e mais de 20 mil títulos de publicações periódicas.
Museu de Évora
Criado em 1915 e passou por várias vicissitudes até ser instalado em definitivo no antigo Palácio Arquiepiscopal (finais do século XVI e princípios do século XVII). Sofreu uma profunda remodelação em 1940 valorizando-se as seguintes secções: Arqueologia, Arquitectura, Escultura, Epigrafia, Heráldica, Ourivesaria, Artes Decorativas e Pintura.
Teatro Garcia de Resende
Edificado entre 1881-92, sob beneplácito dos cidadãos eborenses José Maria Ramalho Perdigão, D. Inácia Fernandes e Dr. Francisco Barahona e da Companhia Fundadora do Teatro Garcia de Resende, foi projetado e edificado pelo engenheiro Adriano da Silva Monteiro e pelo arquiteto Manuel de Oliveira e Silva.
Igreja de São Francisco
Edifício dos séculos XV e XVI, de estilo manuelino-mudejar e renascentista construído em substituição de um anterior templo gótico, do qual subsistem ainda alguns vestígios. A fachada da igreja é caracterizada pela volumetria dos coroamentos e o portal está decorado pelos emblemas régios de D. João II e D. Manuel I. O seu interior apresenta uma nave única, de planta rectangular e em cruz latina, destacando-se o altar-mor e a Capela da Ordem Terceira de S. Francisco, de estilo barroco. A maior curiosidade popular reside na Capela dos Ossos, de três naves formadas completamente por ossadas humanas (século XVII).
Igreja e Convento de Nossa Senhora da Graça
Construídos entre 1537 e 1546 apresenta na sua fachada uma composição inédita de elementos renascentistas e maneiristas, destacando-se os Meninos da Graça, estátuas de gigantes simbolizando as quatro partes do Mundo e o poder universal de D. João III. A estas figuras estão ligadas várias histórias populares.
Igreja e Convento de Nossa Senhora do Carmo
No exterior da igreja merece destaque a Porta dos Nós (símbolo da Casa de Bragança), a escadaria para o pátio e o zimbório. O seu interior é constituído por uma só nave, de planta retangular, com seis capelas laterais e capela-mor que ostenta a maior cúpula da cidade.
Templo Romano
Exemplar de arquitetura religiosa romana, do século I, situado na Acrópole, é de estilo coríntio e do tipo hexastilo-periptero, com planta retangular. Estava enquadrado por tanques, criando um raro efeito de espelho de água. Deve ter sido dedicado ao culto imperial e não à deusa Diana, como é designado desde o séc. XVII até aos nossos dias. Foi reutilizado ao longo dos séculos, sobretudo, como açougue municipal. O seu aspeto atual deve-se às obras de libertação das paredes em 1870, dirigidas por Cinatti.
Catedral de Santa Maria de Évora
A atual Catedral de Santa Maria foi edificada nos séculos XIII e XIV, sob o patrocínio real de D. Afonso III e do bispo D. Durando Pais, nos estilos românico e gótico, destacando-se o pórtico ogival, guarnecido por esculturas do Apostolado e o claustro. A capela-mor é do séc. XVIII e no seu interior existem muitos elementos arquitetónicos e artísticos de relevância, como o cadeiral do coro, o órgão renascentista e as peças do Museu de Arte Sacra.
Praça do Giraldo
Construção de 1571/1573, a Praça do Giraldo é uma homenagem a Geraldo Geraldes, o Sem Pavor, que conquistou Évora aos mouros em 1167. Em agradecimento por este enorme feito, D. Afonso Henriques nomeou-o alcaide da cidade e fronteiro-mor do Alentejo, região que ajudaria a conquistar. No brasão de Évora podemos ver Geraldo Geraldes com a espada em punho, a cavalo, e a seus pés as cabeças do mouro e a sua filha que residiam no castelo que o guerreiro atacou e onde se apoderou das chaves da cidade.
Igreja de Santo Antão
Localizada na Praça do Giraldo, foi mandada construir em 1557. No seu interior destaca-se o raro frontal de mármore do altar-mor que representa o Apostolado da igreja que antes ocupava o seu espaço, a ermida de Santo Antoninho.
Quartel dos Dragões de Évora
O Castelo Novo da Évora, fundado por D. Manuel I, foi construído entre 1518-1528. A partir de 1736 foi transformado num sóbrio e importante edifício militar, para acolher o Regimento de Dragões de Évora. Constitui um dos mais importantes testemunhos do barroco profano da cidade.
Igreja do Senhor Jesus da Pobreza
Com inspirações formais do barroco, deve-se à ação mecenática do cónego António Rosado Bravo. Construída em 1729, encontra/se no local onde antes existia a Porta da Mesquita.
Torre de Sertório
No ponto de cota mais elevada da cidade é de grossa alvenaria, com alguns silhares de aparelho romano, graníticos e blocos facetados nos ângulos e tem 18 metros de altura.
ONDE FICAR
A equipa Look Mag ficou hospedada no hotel ibis Évora, unidade hoteleira extremamente bem localizada, frente ao parque municipal e a menos de um quilómetro do centro da cidade alentejana, Património Mundial da UNESCO. Ideal para quem pretende organizar uma escapadela de inverno, a unidade é perfeita para descansar depois de um fatigante dia de descobertas e explorações pelas principais atrações da cidade, seja em passeio pelo centro histórico ou noutros locais culturais de interesse.
O ibis Évora dispõe de 87 aposentos onde o merecido descanso é total pois todos se encontram equipados com a cama Sweet Bed by ibis a qual assegura uma noite de sono inigualável. Depois de um sono retemperador nada sabe melhor do que um pequeno-almoço completo.
Servido entre as 06h30 e as 12h00, o pequeno-almoço do ibis Évora apresenta-se como o ponto de partida perfeito para um dia repleto de boas aventuras. As refeições são personalizáveis de acordo com as preferências de cada cliente, destacando-se as diferentes variedades de pão, as panquecas acabadas de fazer, o delicioso pastel de nata, a fruta fresca, as compotas, os sumos de fruta, a água aromatizada, os iogurtes, as sementes, entre muitos outros ingredientes. O ambiente informal e descontraído apresenta-se como o cenário para que a primeira refeição do dia seja memorável.
São muitos os dias de sol que aquecem a cidade alentejana durante todo o ano pelo que para que os hóspedes possam deles usufruir o hotel possui um simpático terraço onde a árvore que dá laranjas e limões chama de imediato a atenção. Com serviço de restauração e snacks disponíveis 24h por dia, o ibis Évora oferece wifi gratuito em todos os espaços e estacionamento. De referir que a unidade hoteleira possui um quarto adaptado para pessoas com mobilidade reduzida e duas salas de reunião.
Texto: Sandra Pinto
Fotos: Luís Pissarro