À conversa com Rui Miguel Germano

Licenciou-se em Direito, mas é nos palcos que se sente feliz e na escrita que alcança a totalidade do SER. Homem de ideias e de muita iniciativa, Rui Miguel Germano acredita na pro-actividade como meio de se chegar à felicidade. Mentor de inúmeros projectos, tem no “Rosa Esperança – Projecto Mulheres e o Cancro da Mama” a sua maior aventura. Para 2012 mais ideias fervilham pois, como tanto gosta de afirmar “o melhor ainda está para vir”.

Um auto-retrato em cinco palavras.
Tenho em mim todos os sonhos do mundo. (Acho que são mais do que cinco palavras… o que já diz muito a meu respeito).

O que o emociona?
Tudo me pode emocionar, depende muito do meu estado de espírito. A arte emociona-me, o “belo” emociona-me, o conhecimento emociona-me, o amor emociona-me, a musica emociona-me, a felicidade emociona-me, o silencio emociona-me, a natureza emociona-me, mas o que mais me emociona são de facto as pessoas e a luta por pequenas ou grandes causas. A perseverança e a capacidade de resistência quando se acredita num ideal ainda me fazem vibrar.

Hoje ou o amanhã?
Hoje, claro! Defendo que o nosso pensamento deve estar sempre focado no que posso fazer hoje, por onde posso começar e o que está ao meu alcance fazer agora, para conseguir algo mais grandioso. São os pequenos passos que damos dia após dia que fazem de nós as pessoas que somos e nos permitem alcançar grandes feitos. Hoje é sempre um bom dia para começar a agir e assim garantir que o amanhã será melhor!

Qual a grande paixão? encenar, escrever, ensinar ou defender?
O que me apaixona mesmo é a possibilidade de contribuir para garantir que as pessoas continuem a sonhar e a acreditar num mundo melhor. Quer seja através do teatro, da escrita, do coaching ou mesmo do direito, o que me motiva e apaixona verdadeiramente é poder despertar nos outros um estado de optimismo, felicidade e esperança.
Fazer parte desse processo de conquista é muito compensador.

Rio Maior versus Quem Não Tem Cão – Oficina de Artistas: já não vivem um sem o outro…será?
Quem Não Tem Cão – Oficina de Artistas nasceu e cresceu em Rio Maior com a vontade de transformar a cidade e as suas gentes através da arte.
Durante os últimos anos foram já muitos os projectos que desenvolvemos e a reacção das pessoas ao nosso trabalho tem sido excepcional. Nesta altura acho que podemos afirmar que o “Cão” tem um espírito e desenvolveu uma estética que as pessoas já se habituaram a compreender e a identificar como nossa. Rio Maior já se habituou às provocações e à irreverência dos espectáculos do “Cão” e certamente que o “Cão” já marcou a cena cultural da cidade. Neste momento, acho que o “Quem Não Tem Cão” está para a cidade como a cidade está para nós. É uma convivência pacifica.

“Rosa Esperança – Projecto Mulheres e o Cancro da Mama”: ponto de partida ou será sempre a casa de chegada?
Em Rosa Esperança encontro todos os valores e princípios que defendo para uma sociedade justa, solidária, e mais atenta ao próximo. Rosa Esperança deu-me a possibilidade de crescer como pessoa. Em Rosa Esperança dei o melhor de mim e isso enche-me de orgulho. Rosa Esperança não é um ponto de partida nem tão pouco de chegada. Rosa Esperança é uma lição de vida que me ensinou muito acerca das pessoas e que me ofereceu muitas alegrias e amigos que guardarei para sempre.

Missão: acreditar…
…e garantir que as pessoas continuem a sonhar e a acreditar num mundo melhor.

Vício…(ou vícios)?
Chocolate, música, comunicar através das emoções (as minhas e as dos outros) deitar tarde. Mas “coleccionar amigos” e conhecer pessoas é de facto o meu maior e mais compensador vício.

Um desejo para 2012.
Que todos recuperemos a possibilidade de sonhar e que consigamos ter força para prosseguir os nossos sonhos! Querer é poder!

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